Apagão faz noiva mineira subir ao altar à luz de celulares: ‘Momento mágico’

Reprodução/Arquivo Pessoal

Uma noiva mineira precisou subir ao altar com uma iluminação improvisada a partir da luz de celulares de convidados que acompanhavam o casamento dela. O caso ocorreu nesse sábado (20), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Mas, quem pensa que o imprevisto foi algum motivo de frustração engana-se. Os noivos, Hudson e Anaisa Bessa, garantem que o momento saiu melhor que o planejado. “Foi algo mágico”, garante a mulher de 30 anos.  

Tudo começou após um problema na rede subterrânea da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) comprometer o fornecimento de energia na região da igreja onde o casamento foi realizado.

Em conversa com o BHAZ, o noivo, Hudson Luis Bessa, de 32 anos, contou que o casamento estava marcado para às 18h. Contudo, ao chegar na igreja, por volta das 17h30, ele foi surpreendido com a notícia.

“O cerimonialista disse que não tinha uma notícia boa, que a luz do bairro tinha caído, mas que não era um problema, já que a Cemig já tinha sido acionada. Eu pedi à minha sogra para avisar a Anaisa e dizer que era pra ela ficar tranquila, que tudo iria se resolver. O casamento atrasou cerca de 30 minutos e a energia voltou”, conta.

Reprodução/Arquivo Pessoal

Com a volta da luz, a cerimônia de casamento começou e os padrinhos começaram a entrar na igreja. Entretanto, depois que o último padrinho entrou, a energia voltou a cair.

“Bateu um desespero, pois já tinha começado a cerimônia, o padre tinha esperado muito e a luz voltou a cair. Deu dor no coração, pois era o meu sonho e da Anaisa, de casar na igreja, e estávamos sem saber o que fazer”, relata.

Hudson, que é cantor, havia preparado uma surpresa para a noiva, cantando a música “Aleluia”. “O cerimonialista me perguntou se a gente continuaria ou esperaria a luz voltar. Foi então que combinamos de continuar. Eu cantaria à capela com o acompanhamento do violino e do sax. A equipe de fotografia combinou com os convidados de manterem silêncio e iluminarem o corredor com as luzes do celular. Havia uma energia boa e todos estavam cooperando”, conta o noivo.

“Foi como mágica”

Fora da igreja, a noiva Anaisa Bessa conta que, enquanto a luz não voltava, ela estava desesperada. “Meus familiares pediam para eu ficar tranquila, que tudo ia dar certo. Eu tinha muita fé que a luz iria acender, mas eles já tinham me falado que não tinha previsão de volta e que o combinado era eu entrar e que seria iluminado pelos convidados”, conta.

“Quando eu entrei, eram muitas luzes para iluminar a passagem, nem parecia que eu estava no escuro. Eu não queria chorar, porque não queria que os convidados pensassem que eu estava triste. Eu não estava triste, eu estava emocionada com tudo aquilo. E as pessoas nos corredores sorriam pra mim e me falavam palavras lindas que me davam força para seguir até o altar”, acrescenta.

A noiva seguiu pelo corredor até o encontro do noivo. Quando ela chegou, a luz voltou. “A luz acendeu em um momento mágico. Acabou para eu entrar e voltou quando eu cheguei no altar. Melhor que qualquer coisa ensaiada. Para quem acredita muito, os planos de Deus são maiores que os nossos. O que saiu do nosso planejamento se tornou uma coisa linda e eternizada com muita emoção e muita luz”, ressalta.

Um vídeo registrado na cerimônia mostra o momento em que a noiva atravessa o corredor iluminada pelos celulares e o instante em que a luz volta.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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