Mulher nega convite de festa para mãe de garoto autista: ‘Seu filho é meio problemático’

Sara Onori sofreu na pele as marcas do preconceito (Faceboook/@Sara Onori/Reprodução)

A jovem Sara Onori, de 22 anos, mãe do menino Arthur, que tem autismo, sentiu na pele o preconceito de uma amiga próxima na última semana. A mulher, que estava organizando a festa de aniversário do filho, resolveu comunicar a Sara que Arthur não seria convidado por ser “meio problemático”. O caso ocorreu em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Na mensagem, a mulher identificada diz o seguinte a Sara: “Não quero que você fique mal, mas não vou convidar você por causa do seu filho que é meio problemático, as outras crianças vão ficar incomodadas. Espero que você me entenda. Desculpas”, diz.  

A tia do pequeno Arthur, que tem apenas dois anos, resolveu expor o caso nas redes sociais. Ela fez a postagem na última quarta (31) e, até o momento, são mais de sete mil compartilhamentos. “Quanta falta de sensibilidade e bom senso”, escreveu Erika.

Reprodução/Facebook

Pelas redes sociais, Sara também respondeu a mulher, que até então era sua amiga. “Eu agradeço a ela por não ter convidado meu filho. Os princípios que eu ensino ao Arthur, mesmo aos dois anos de idade, são de conviver apenas com pessoas de boa índole, sem preconceitos, sem pré-julgamentos e que saibam respeitam o próximo, mesmo com as diferenças e peculiaridades de cada um. Sabendo que todos merecem o respeito”, disse Sara.

“Meu filho não é ‘problemático’ ele é autista, é muito feliz e abençoado. Extremante protegido pelo seu anjo da guarda que acaba de mostrar um livramento. É que eu e minha família temos um alicerce principiológico [sic], onde o respeito impera. Ensinamos a respeitar o próximo, queremos que ele no futuro possa conviver em uma sociedade mais justa, onde na arena da vida não só apenas os ‘perfeitamente normais’ sejam vencedores”, escreveu Sara.

A mãe de Arthur também afirmou que o caso será denunciado. “Graças a Deus nosso país tem avançado bastante na legislação e nas penas conforme o artigo 88 da Lei 13.146/2015. Se cada pai de autista denunciar esse tipo de situação, em breve teremos uma sociedade melhor, com mais respeito”, acrescentou.

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