Galo novo PSG? Cruzeiro novo City? CBF quer transformar clubes brasileiros em empresas

Bruno Cantini/Atletico + @PSGbrasil/Twitter/Reprodução + Bruno Haddad/Cruzeiro + @ManCity/Twitter/Reprodução

Um novo cenário pode surgir no futebol brasileiro e modificar a vida dos clubes brasileiros. Há uma iniciativa por parte do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Rogério Caboclo, defendendo a abertura do futebol nacional para estrangeiros investirem recursos nas equipes, tornando as agremiações em empresas com acionistas. 

A proposta da confederação tem o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia(DEM-RJ), que afirmou ter em sua pauta a apresentação até o fim do ano de um projeto de lei para abrir os clubes a investidores estrangeiros. Maia está pessoalmente dedicado à causa, percorrendo desde julho, clubes e entidades esportivas debatendo o assunto.

“É um processo importante para trazer dinheiro pro futebol e reduzir a diferença com o exterior”, disse o presidente da CBF, Rogério Caboclo, ao site da entidade, que acredita na ideia como forma de estimular a chegada de novos investidores nacionais para contrabalancear os aportes internacionais.

Rodrigo Maia acredita que a proposta que será apresentada vai gerar incentivos para as entidades esportivas se tornarem empresas. O ministro da economia, Paulo Guedes, já está ciente do assunto e pode entrar nas conversas em breve para articular um modelo viável.

Maia quer que os clubes no Brasil sejam administrados tal qual os gigantes europeus, como Paris Saint-Germain, Liverpool e Manchester City, que são controlados por grupos estrangeiros. 

Para que barreiras do modelo sejam superadas pelos clubes, o deputado afirmou que a intenção é oferecer incentivos tributários para os times aderirem ao formato, como ficar entre três a cinco anos sem pagar imposto ao Estado. 

Tentativa fracassada

Não é a primeira vez que o  governo tenta obrigar os clubes a se tornarem empresas. Nos anos 1990, a Lei Zico foi aprovada com a obrigatoriedade, mas nunca foi aplicada de fato, pois os cartolas dos times não queriam aceitar o novo modelo. Eles conseguiram um adendo na lei, que tornou opcional a mudança da natureza jurídica das agremiações. Existem 22 clubes empresas no Brasil. Em Minas Gerais, apenas o Tombense, de Tombos, na Zona da Mata. 

O que muda na prática

Como clubes-empresas, os benefícios de associações sem fins lucrativos seriam extintos, como isenções fiscais, além de seus dirigentes serem obrigados a responder por delitos ou desvios na gestão das agremiações. Atualmente, os clubes brasileiros não têm forte fiscalização do Estado e seus diretores podem quebrar o caixa da instituição, que dificilmente serão punidos.

Os times brasileiros teriam donos e sócios, como as empresas, podendo captar recursos na Bolsa de Valores. América, Atlético e Cruzeiro poderão, caso o projeto seja aprovado, se tornarem sociedades anônimas. 

O clube da capital mais avançado nesse quesito é o América, que tem negociações em andamento para obter apoio e investimento de um grupo chinês na ordem de R$ 200 milhões. Cruzeiro e Atlético não se manifestaram ainda sobre a possibilidade de serem uma instituição empresarial.

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