Filhos descobrem que a mãe foi morta pelo pai há 37 anos e vão à polícia: ‘Só queríamos a verdade’

CenárioMT/Reprodução

Seis irmãos foram até a polícia denunciar o próprio pai pela morte da mãe mais de 30 anos depois do crime, que ocorreu no dia 25 de janeiro de 1982. A denúncia foi feita na manhã dessa terça-feira (20), na Polícia Civil de Lucas do Rio Verde (MT). O crime teria ocorrido em Quilombo (SC), há 37 anos. A motivação seria um pedido de divórcio feito pela mulher, que teria descoberto um caso extraconjugal entre o homem e uma empregada da família. O crime prescreveu e, por isso, o caso será encaminhado para a Polícia Civil de Santa Catarina, que decidirá se abre ou não uma investigação a respeito dele.

Segundo os irmãos, Pierina Carroro foi assassinada no início de 1982. Atualmente, o homem tem 78 anos e mora com a antiga empregada apontada como amante dele na época do crime. Desde o ocorrido, o pai alegou que a mulher teria sido morta durante um assalto, em uma viagem. A vítima teve sete filhos e, na época, eles tinham de 7 a 19 anos. Um deles já morreu. As informações são do G1.

Investigação independente

Os irmãos nunca aceitaram a versão do pai, já que sempre desconfiaram que havia algo suspeito na versão contada pelo pai. Após muitos anos, eles se juntaram para fazer uma investigação por conta própria, que durou cerca de três meses. Foram entrevistados policiais que investigaram o caso na época, enfermeiras e outras testemunhas.

Após descobrirem o crime, os filhos confrontaram o pai, que confessou e detalhou todo o assassinato para a família, no último sábado (18). O homem disse à família que, naqueles tempos, a descoberta da traição e a separação não seriam aceitas pela sociedade.

Com provas documentadas, declarações e outras informações, os irmãos levaram tudo para a polícia e registraram boletim de ocorrência. Porém, de acordo com a Polícia Civil, ele continuará em liberdade, já que o crime prescreveu.

Detalhes do crime

Após o pedido de divórcio, o homem levou a mulher para uma viagem até São Carlos (SC), na noite do dia 25 de janeiro de 1982. Os dois iniciaram o percurso de madrugada, e o homem levou um revólver.

A caminho do destino, o agressor fingiu que o pneu do carro havia furado. Com isso, encostou o veículo, pegou uma pedra e atingiu a cabeça da mulher em cheio. O corpo da mulher ainda foi levado até uma vala, onde o homem ainda atirou contra o peito dela antes de fugir.

Para forjar o crime, o pai ainda jogou uma pedra no para-brisas e sempre dizia que a mulher havia sido morta em assalto durante a viagem.

Em entrevista coletiva à imprensa, um dos filhos desabafou. “Ele confessou três vezes sem derramar uma lágrima. Ficamos aliviados, só queríamos a verdade e esclarecer o que aconteceu. Não tem justiça [que pague]”.

Ao G1, o delegado responsável disse que, de acordo com a legislação, o caso trata-se de homicídio. Contudo, já está prescrito, já que não houve ocultação de cadáver. O boletim de ocorrência foi enviado para a Polícia Civil de Santa Catarina, que decidirá sobre a investigação do caso.



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