Galvão Bueno povoa o imaginário do torcedor brasileiro há mais de 40 anos, com coberturas de todos os tipos, mas tendo o futebol como carro-chefe.
O narrador, de 69 anos, vive um novo momento na carreira, quando a Globo o liberou para fazer ações publicitárias, o que mostra que ele ainda tem vitalidade para muitos anos na TV.
Esse vigor renovado tirou da cabeça de Galvão a ideia de se aposentar. Em 2018, no fim da Copa do Mundo da Rússia, ele afirmou que o Mundial poderia ser o último dele, mas depois de conversas na Globo, renovou contrato até 2020, para narrar a Copa do Catar.
“Não sei se é minha última Copa do Mundo narrando. Talvez seja. Comecei em 1974, mas se tiver sido minha última Copa narrando, e provavelmente seja, foi especial, emocionante, maravilhosa, como se tivesse sido a primeira”, disse à época.
Galvão Bueno comentou sobre as mudanças na rotina e os novos desafios, incluindo não se afastar das narrações tão cedo.
“Eu quando fui para a televisão fazia transmissão com duas câmeras, três câmeras era um luxo. Hoje a gente faz transmissão com mais de 30 câmeras. Não há nada que fuja dos olhos da televisão, por consequência o narrador passa a ter tudo aquilo que está sendo mostrado para falar sobre aquilo. Hoje eu faço uma transmissão de um jogo de futebol ou de uma corrida de F1, observo a transmissão e imediatamente já estou no digital. Então é um aprendizado diário e cada vez mais rápido”, disse em entrevista ao Meio & Mensagem, para em seguida afirmar que teve dois grandes momentos no esporte e que ainda espera pelo terceiro.
“Dentro da história de que não sei o que vou fazer pela frente e de que não pretendo parar tão cedo, os três grandes momentos da minha carreira se resumem a dois. Ao tetra [conquista da Copa do Mundo de 1994] e ao primeiro título do Ayrton [Senna, em 1988]. O terceiro ainda está por vir. Ainda vai aparecer”, revelou Galvão.
Sobre se aposentar, Galvão mudou de ideia e disse para o canal de seu filho, Lucca Bueno confirmou que ainda quer narrar mais uma Copa.
“Quero estar no Qatar para a Copa. Tenho Olimpíada pra fazer em 2020. Em 2022, tenho que pensar com calma. Não sei o que vou fazer. Tem tanta coisa pra fazer, gente. Posso fazer uma narração ou outra, tem Jornal Nacional, tem programa. Isso é uma coisa que vamos resolver”, disse.
Sobre a vida nas redes sociais, o narrador global contou que está no mundo digital para agradecer a audiência que tem na TV.
“Eu sou o que sou pelas audiências que eu consigo. Quando eu falo isso, estou falando de dezenas de milhões de pessoas que gostam de mim, até aqueles que não gostam. Mesmo quem não gosta está vendo, está nesse número dessa audiência que acabou me levando a ser quem eu sou e chegar onde cheguei”, concluiu.
