Diretor do Cruzeiro culpa reportagem do Fantástico por fracasso de empréstimo e aumento da dívida

Vinnicius Silva/Cruxeiro

O diretor financeiro do Cruzeiro, Flávio Pena, afirmou que a reportagem investigativa do Fantástico foi responsável por um empréstimo de R$ 300 milhões fracassar, e complicar ainda mais a situação do combalido cofre cruzeirense. Os integrantes da diretoria celeste são suspeitos de crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica.

Segundo o raciocínio de Flávio Pena, exposto na quinta-feira (22) durante entrevista à rádio 98, a publicização de suspeitas de crimes cometidos pela diretoria do Cruzeiro chamou a atenção dos investidores que seriam responsáveis pelo empréstimo – eles ficaram preocupados em infringir a lei anticorrupção dos Estados Unidos.

“Um dos investidores era aquele empréstimo de R$ 300 milhões, era um fundo misto, com capital inglês e americano. Obviamente, depois daquela reportagem do Fantástico, que não vou tecer comentários sobre ela porque tiveram ilações, eles imediatamente, em função da política dos Estados Unidos, anticorrupção, mesmo que a gente não tivesse a oportunidade da contraprova, aquela operação se esvaziou”, afirmou.

O Conselho Deliberativo do Cruzeiro autorizou o clube a captar o empréstimo no dia 11 de fevereiro deste ano, com maioria absoluta dos votos. Apenas dois conselheiros se opuseram ao mecanismo financeiro. Conforme Pena, a transação estava muito próxima de ser concretizada.

“Já estávamos na fase do draft, que é a fase do desenho do contrato. Uma semana antes da reportagem do Fantástico… Em função de tudo isso que está acontecendo na mídia – e eu não vou discutir se é política ou não, se é oposição ou não – atrapalhou de fato. E eu acho que esse fundo não traz mais essa oportunidade para a gente”, explicou Flávio Pena. 

A dívida do Cruzeiro deu um salto de R$ 384 milhões para R$ 520 milhões entre 2017 e 2018, o que, na justificativa da direção do clube, exigia uma medida mais forte, como a tomada de um empréstimo. 

O Cruzeiro é investigado por Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público de Minas Gerais. Os integrantes da diretoria são suspeitos de crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e falsidade ideológica e de quebras das regras da Fifa e da CBF. 

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