Assista ao pronunciamento de Bolsonaro sobre a Amazônia: ‘Tolerância zero com queimadas’

Reprodução/YouTube + Divulgação/Daniel Beltrá/Greenpeace

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou durante pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, na noite desta sexta-feira (23), que o governo terá “tolerância zero” com desmatamentos e queimadas que atingem a Amazônia. Ele ainda disse que o governo oferecerá ajuda aos Estados que compõem a Amazônia Legal.

“Somos um governo de tolerância zero com a criminalidade e, na área ambiental, não será diferente. Por essa razão, oferecemos ajuda a todos os estados da Amazônia Legal. Com relação àqueles que a aceitarem, autorizarei Operação da Garantia da Lei e da Ordem, uma verdadeira GLO ambiental”, disse Bolsonaro em um trecho.

Veja na íntegra abaixo!

Forças Armadas contra incêndios

O presidente Jair Bolsonaro assinou, na tarde desta sexta-feira (23), decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas para ajudar no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.

Segundo o texto, que já foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, o emprego dos militares será autorizado apenas mediante requerimento do governador de cada estado da região. A Amazônia Legal é um território que abrange a totalidade dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, de Rondônia, Roraima e parte dos estados de Mato Grosso, do Tocantins e do Maranhão.

De acordo com o decreto, o período de emprego das Forças Armadas no combate aos incêndios vai deste sábado (24) a 24 de setembro. Estão previstas ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais e levantamento e combate de focos de incêndio. Conforme o texto, as operações deverão ocorrer em articulação com os órgãos de segurança pública e órgãos e entidades de proteção ambiental. 

O governador de Roraima, Antonio Denarium, que chegou a participar da reunião ministerial que definiu o uso das Forças Armadas, disse a jornalistas, no Palácio do Planalto, que já assinou o pedido para que militares combatam incêndios no estado.

Denarium afirmou que, hoje, os estados da região  não têm condições de combater sozinhos os incêndios florestais. “Por isso, estamos solicitando ajuda do governo federal, para que, em parceria com o estado, com o Corpo de Bombeiros Militar e o Corpo de Bombeiros Civil, fazer o combate aos incêndios que estão em toda a Região Norte.” Ele disse que outros governadores da região também deverão solicitar o apoio. Uma reunião entre governadores da região e o presidente da República está prevista para a próxima terça-feira (27), em Brasília, informou Denarium. 

O governo não informou o número de militares que poderão ser empregados nas ações de combate aos incêndios. Pelo decreto, caberá ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo, definir a “alocação dos meios disponíveis e os comandos que serão responsáveis pela operação”.

Trump oferece ajuda à Amazônia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta, por meio de sua conta oficial no Twitter, que ofereceu ajuda ao presidente Jair Bolsonaro no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. Além disso, o líder norte-americano destacou que relação entre os dois países está “mais forte do que nunca” e afirmou que as perscpetivas futuras de comércio entre os dois países são “empolgantes”. 

“Acabei de falar com o presidente @JairBolsonaro do Brasil. As perspectivas futuras do nosso comércio são muito empolgantes e nosso relacionamento é forte, talvez mais forte do que nunca. Eu disse a ele que os Estados Unidos podem ajudar com os incêndios na Floresta Amazônica, estamos prontos para apoiar!”, tuitou Trump.

Bolsonaro replicou o tuíte de Trump em sua página oficial. Na tarde desta sexta-feira, o presidente brasileiro assinou decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas para ajudar no combate aos incêndios na Floresta Amazônica. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) vale para áreas de fronteira, terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e outras áreas da Amazônia Legal.

Acordo comercial

Jair Bolsonaro também anunciou hoje a conclusão das negociações do acordo de livre comércio entre o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e o Efta, bloco de países europeus formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, que tem Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos) de US$ 1,1 trilhão. O governo brasileiro trabalha ainda para fechar acordos semelhantes com Canadá, Coreia do Sul, além dos EUA. 

América do Sul

Os países que compartilham com o Brasil parte da Floresta Amazônica também adotam providências para tentar conter os incêndios que se espalham por seus territórios. Países como Bolívia e Paraguai (que não é coberto pela Floresta Amazônica) estão somando forças para se ajudarem.

Ontem (22), o governo colombiano ofereceu ajuda ao Brasil para tentar conter o avanço das chamas em território brasileiro. Além disso, propôs que Brasil, Colômbia, Equador e Peru passem a atuar conjuntamente para prevenir e combater incêndios na Amazônia.

Pelo Twitter, o presidente do Equador, Lenin Moreno, afirmou já ter conversado com o presidente Jair Bolsonaro. “Conversei com Bolsonaro para colocar à disposição um avião que transportaria três brigadas de especialistas em combate a incêndios florestais e em investigação ambiental que podem ajudar a mitigar a tragédia na selva amazônica”, escreveu Moreno. Em outra publicação, o presidente equatoriano afirmou que os incêndios que destroem a floresta “do Brasil, Peru, Bolívia e o pantanal do Paraguai” alertam o mundo inteiro.

Desde ontem, as áreas de proteção ambiental peruanas próximas à fronteira com o Brasil estão em estado de alerta. Em nota, o Ministério do Meio Ambiente do Peru afirma que, este ano, já foram registrados 16 incêndios florestais, 14 dos quais em áreas naturais sob proteção. 


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