Jovem atropelada por ônibus se salva por pouco; família denuncia PM e motorista

Reprodução/Youtube

Uma adolescente que vive em Varginha, no Sul de Minas Gerais, escapou por pouco de um acidente que poderia ser fatal: ela foi atropelada por um ônibus que fazia uma manobra de ré nessa terça-feira (27).

O acidente ocorreu por volta das 13h, no Ponto Central, na Praça Getúlio Vargas, em Varginha. A jovem sofreu ferimentos no punho, tórax e joelho. E além de lidar com as dores dos machucados, ela também enfrenta o trauma provocado pelo atropelamento.

Nas imagens registradas por câmeras de segurança, é possível ver o momento em que Alecsandra Custódio da Silva, de 16 anos, é derrubada e cai em baixo do ônibus da empresa Autotrans/Saritur. Em um movimento rápido, ela rola pelo chão e desvia das rodas traseiras do veículo. A motorista que conduzia o carro que vinha atrás conseguiu frear a tempo, e, assim, evitar um novo acidente.

Ao BHAZ, a irmã da vítima, Suellen Custódio, disse que “ela foi salva por Deus”. Segundo ela, a jovem tem crises de choro por conta do acidente e está coberta de hematomas, além de precisar de medicamentos para dormir e aliviar as dores. Abalada, a adolescente prefere não dar entrevistas.

De acordo com Suellen, o motorista do ônibus não prestou socorro. “Ele só desceu e perguntou se ela estava bem, depois entrou dentro do ônibus e seguiu. Não ligou para polícia”, diz.

A família ficou sabendo do acidente algumas horas depois, pela própria adolescente. “Ela tava muito nervosa, muito alterada, aí quando mandou mensagem nós é que ficamos alterados porque não sabíamos o que tinha acontecido. Só vimos o vídeo no outro dia”, lembra.

Falta de assistência

De acordo com Suellen, a família tentou registar um boletim de ocorrência no dia do acidente, mas o policial militar de plantão disse que não poderia por falta de provas. “O policial falou que, se o acidente tivesse ocorrido de verdade, o motorista teria sido o primeiro a ligar para o 190. Como se estivéssemos mentindo”, conta. A irmã da adolescente disse ainda que o militar “zombou” e “riu” da situação.

Procurada, a Polícia Militar informou que nenhuma ocorrência havia sido registrada. Sobre as denúncias, a assessoria da PM disse que, enquanto não for feita nenhuma denúncia formal, a instituição não pode se posicionar.

Na manhã desta quinta-feira (29), a família registrou um boletim na Polícia Civil, que inclui uma reclamação do atendimento na PM.

Em nota, a empresa Saritur disse que os motoristas “são orientados a oferecer socorro, chamar a ambulância e anotar o telefone dos envolvidos”.

Nota da Saritur na íntegra

“O motorista foi chamado para esclarecimentos, e afirmou que, ao perceber o ocorrido, parou o veículo imediatamente e desceu para ajudar a moça. Segundo ele, a jovem disse que não havia se machucado, mas estava muito nervosa no momento e não conseguia dizer se precisava de ajuda. Diante disso, ele decidiu buscar um copo d’água para ela, mas quando voltou, ela já havia ido embora. Por isso, ele não conseguiu anotar o telefone da cliente, e não pudemos entrar em contato. Todos os nossos motoristas são orientados a oferecer socorro, chamar a ambulância, e anotar o telefone dos envolvidos. Estamos sempre à disposição de nossos clientes quando necessitarem de assistência.”

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