Condenado pela morte do menino João Hélio vai cumprir pena em casa

Divulgação/Mônica Imbuzeiro + Arquivo pessoal

Condenado a 39 anos de prisão, um dos assassinos do menino João Hélio vai para casa 12 anos depois de cometer o crime. Na última quinta-feira (27) A Justiça do Rio de Janeiro autorizou Carlos Roberto da Silva a cumprir o restante da pena em casa, após 10 anos de cárcere. Silva foi beneficiado pela progressão para o regime aberto, que é cumprido em Casas de Albergado. Como o Rio de Janeiro só possui uma unidade deste tipo, houve permissão para que ele cumpra a pena em casa.

Em 2007, Carlos, conhecido como ‘sem pescoço’, participou do assalto em Oswaldo Cruz, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que resultou na morte do menino João Hélio, de 6 anos.

De acordo com a decisão da Vara de Execuções Penais do Rio, Carlos Roberto deverá ficar na residência em tempo integral nos dias de folga, sábados, domingos e feriados. Também não poderá sair de casa das 22h às 6h, e terá que usar tornozeleira eletrônica.

Reações

Na tarde de sexta-feira (30), após a decisão judicial se tornar pública, o ministro da justiça, Sérgio Moro, em resposta a uma postagem da autora de novelas Glória Perez, criticou a medida.

Glória perdeu a filha, a atriz Daniela Perez, assassinada pelo então colega de trabalho Guilherme de Pádua e pela esposa dele, em dezembro de 1992. Pádua, condenado a 19 anos de prisão, também foi beneficiado pela progressão legal de pena e está em liberdade desde 2001, nove anos após o crime.

Relembre o caso

No dia 7 de fevereiro de 2007, a carioca Rosa Cristina voltava para casa com o filho João Hélio, de 6 anos, e com a outra filha, de 14, quando foi abordada por bandidos armados na Rua João Vicente, no bairro de Oswaldo Cruz, Zona Norte do Rio.

Os criminosos, entre eles Carlos Roberto, ordenaram que a família saísse do carro. João Hélio ficou preso ao cinto de segurança do banco de trás do veículo, e, quando a mãe tentou soltá-lo, um dos criminosos bateu a porta e arrancou com o carro.

O menino ficou preso do lado de fora do carro e foi arrastado por 7km, ao longo de quatro bairros do Rio.

Em janeiro de 2008, a juíza Marcela Assad, da 1ª Vara Criminal de Madureira, no Rio de Janeiro, condenou os quatro envolvidos pelo crime de lesão corporal grave resultante em morte.

Diego Nascimento da Silva, Carlos Eduardo Toledo Lima, Carlos Roberto da Silva, e Tiago Abreu Matos receberam sentenças de prisão diferenciadas, que vão de 39 a 45 anos de reclusão em regime fechado.

Com informações da Agência Brasil.

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