Vereador da bancada evangélica é suspeito de praticar crime de rachadinha em BH

Karoline Barreto/CMBH

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) começou a investigar o vereador da Câmara de Belo Horizonte Jair di Gregório (PP) por suposta prática do crime de rachadinhas, em que o parlamentar fica com parte do salário de funcionários. O advogado Daniel Deslandes foi quem fez a representação contra o vereador do Partido Progressista. Ele nega o crime.

O esquema conhecido como rachadinha fez com que a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) tivesse seu primeiro vereador da história cassado pelos demais parlamentares, Cláudio Duarte (PSL).  

No documento entregue ao MPMG, o advogado Daniel Deslandes destaca que recebeu um “envelope lacrado” com o detalhamento de como funciona o esquema no gabinete. Ainda é enfatizado que uma funcionária cujo salário inicial era de R$ 13.310 passou a receber R$ 4.621,57.

“Essa prática de aumentar e reduzir o salário é muito comum em alguns gabinetes da CMBH, ou seja, o vereador faz com que aquele servidor receba um alto valor, combina com o servidor um salário base e obriga o assessor a devolver o restante”, diz a correspondência enviada ao advogado.

Oitiva marcada

A representação feita por Deslandes foi aceita pelo MPMG e uma oitiva com os servidores do gabinete de Jair di Gregório está marcada para o próximo dia 18 de setembro.

Procurado pelo BHAZ, o parlamentar disse que sofre ameaças desde a votação que terminou com a cassação do mandato de Cláudio Duarte. Disse ainda que nesta quarta-feira (4) se apresentará ao Ministério Público. “Já sabemos com certeza que a denúncia veio de pessoas ligadas ao Cláudio. Irei me colocar à disposição do MP”, contou.

Por meio de nota, o vereador destacou que a denúncia do advogado Deslandes é “descabida” e que continuará a “luta em defesa da família, contra os poderosos do transporte público e máfias dos cemitérios”.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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