Autodata: CNH vai separar suas operações em duas empresas distintas

Anúncio da separação da CNH Industrial foi feito na Bolsa de Valores de Nova Iorque (Foto CNH/Divulgação)

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A CNH Industrial vai separar as suas operações em duas empresas distintas. O processo faz parte de plano Transform 2 Win, organizando as atividades de agricultura e construção na divisão Off-Highway e as operações de veículos comerciais e motores na divisão On-Highway.

Para gringo ver

Esse anúncio foi na Bolsa de Valores de Nova Iorque, quando o CEO da CNH Industrial, Hubertus Mühlhäuser explicou aos agentes financeiros os objetivos do Transform 2 Win: um retorno sobre o capital investido de 20%, dobrando os ganhos por ação.

Vai mudar geral

Todas as operações no mundo, e também no Brasil, passarão por profunda transformação com investimentos totais da CNH Industrial de US$ 13 bilhões, sendo que 58% em novos produtos em todos os segmentos de atuação. Até 2021 serão anunciados os nomes das novas empresas.

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Na tomada

A Iveco, por exemplo, terá mais de 20 novos produtos dentre caminhões e ônibus até 2024. Além de nova geração, a Daily terá uma versão totalmente elétrica em 2021, quanto também espera-se o primeiro caminhão pesado elétrico da Iveco. Por enquanto nenhuma notícia que serão feitos ou vendidos no Brasil.

Caoa, Dória e Watters: imagem não condiz com o clima reunião
(Foto Governo de SP/Divulgação)

Momentos antes do anúncio…

Semana passada, quando reuniu no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, os principais executivos da Caoa e da Ford, a promessa do governador João Doria tinha tudo para ser realizada: encontrar um comprador para a histórica fábrica do Taboão, em São Bernardo do Campo. Convocada, a imprensa aguardava em um Salão Nobre da casa o anúncio e o desfecho do negócio que o governador se comprometera solucionar proporcionando um futuro para a fábrica e os muitos empregos na região do ABCD Paulista. Todo o cenário estava armado.

…Faltou combinar

Com Carlos Alberto de Oliveira Andrade, o Sr. Caoa de um lado, o governador compôs a mesa para a entrevista coletiva com Lyle Watters, presidente da Ford para a América do Sul, e Rogélio Golbarb, seu vice-presidente. Eles entraram mudos e saíram calados. Nenhuma palavra na sessão de perguntas e respostas. E a versão oficial prevalece: em novembro, conforme anunciado em fevereiro pela direção da Ford, encerram-se as operações no Taboão com o fim da produção de caminhões. A linha de automóveis já parou definitivamente.

Os planos de Caoa?

Manter a produção de caminhões Ford, sob licença, em acordo semelhante ao estabelecido pela mesma Ford com a turca Otosan. E produzir carros de uma marca chinesa, que não é a Chery.

R$ 1 bilhão?

Temendo a perda de empregos, Doria voltou atrás da exigência da compradora do Taboão participar do IncentivAuto, programa estadual que estabelece aporte bilionário para conceder incentivos fiscais. Em seu discurso, disse que cabe à Caoa decidir se entra ou não no programa do governo estadual.

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Mais 45 dias

Doria pôs panos quentes na negociação estendendo o período de diligência, processo que já estava em curso, para postergar por mais 30 a 45 dias a decisão. De fato, alguma decisão será tomada até lá: faltarão poucas semanas para o prazo final estabelecido pela Ford, em novembro. Caoa tem esse período para encontrar a fórmula do investimento. As fontes que estão na mesa: dinheiro público, brasileiro ou chinês.

Na Alemanha

Menos de uma semana antes de convocar imprensa, Caoa e Ford, João Doria foi até a Alemanha participar do anúncio de investimento de R$ 2,4 bilhões da Volkswagen em São Bernardo do Campo e Taubaté. Mesmo em se tratando de projetos concebidos no Brasil, por brasileiros, para o mercado global, isso sim uma novidade e tanto, o valor aportado faz parte do pacote de R$ 7 bilhões já anunciado pela VW em…2017.

Corolla híbrido: demanda forte por este tipo de modelo em
todo o mundo (Foto: Toyota/Divulgação)

Subestimado

Executivos da Toyota confidenciaram que é baixa a estimativa de 1 mil Corolla híbrido flex vendidos por mês, divulgada no lançamento do modelo no Guarujá (SP).

Vai ter fila de espera

O problema é que o conjunto híbrido flex é importado do Japão e há demanda forte por modelos híbridos em todo o mundo. Não há, a princípio, como atender volumes maiores em Indaiatuba, SP, de onde sai o Corolla.

Mais eficiente do Brasil

O consumo energético do Corolla híbrido flex divulgado pela Toyota é de 1,38 megajaule por quilômetro. Inferior ao do Renault Kwid, que chega a 1,39 MJ/Km – e era o mais eficiente produzido no Brasil até a chegada do híbrido da Toyota.

(*) A Coluna Autodata é publicada toda semana no Acelera Aí

Acesse: www.aceleraai.com.br

Acelera Ai[email protected]

Jornalistas Eduardo Aquino e Luís Otávio Pires são os editores do site Acelera Aí e da seção veículos do portal Bhaz

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