Cazares também é acusado de estuprar mulher em festa que virou caso de polícia

Bruno Cantini/Atlético MG

A Polícia Civil investiga uma acusação de estupro contra o meia do Atlético Juan Cazares. A vítima seria uma das duas jovens que estão envolvidas em uma confusão ocorrida na casa do jogador, na madrugada desta segunda (9). Segundo o delegado do caso, Marcelo Mandel, se a acusação de estupro for comprovada, com testemunhas e provas, o jogador pode ser preso em flagrante e conduzido ao sistema prisional.

+ Modelos denunciam ter sido espancadas por Cazares e amigos durante festa em condomínio após suposto sumiço de droga

Uma das mulheres relatou que o jogador teria passado a mão em suas partes íntimas sem consentimento. Mesmo sem a conjunção carnal, diante da lei, a ação, caso comprovada, pode ser configurada como estupro. “Pelo exame não se evidenciou conjunção carnal. Mas, o ato libidinoso pode ser configurado como estupro, desde que se comprove a palavra da vítima”, disse o delegado.

Ainda de acordo com o policial, o caso envolvendo o jogador é emblemático e complexo devido ao número de pessoas envolvidas. Contudo, é preciso aguardar laudos e exames médicos para comprovar os relatos das partes.

A polêmica eclodiu na manhã desta segunda, depois que duas jovens, de 21 e 24 anos, denunciaram ter sido vítimas de espancamento durante uma festa na casa do jogador Cazares, entre o fim da noite de domingo (8) e a madrugada de hoje.

O caso ocorreu no condomínio Boulevard, em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde Cazares mora. As jovens alegaram à polícia que foram convidadas pelo jogador atleticano, via Instagram, para uma festa particular na casa dele. O convite teria ocorrido na semana passada, mas foi concretizado apenas ontem.

As versões para o início da confusão ainda são apuradas, já que uma das vítimas alega que o tumulto teria se iniciado por causa do sumiço de uma droga. Outros participantes do evento contaram uma versão diferente e afirmam que as mulheres se exaltaram após serem proibidas de usar entorpecente no banheiro da casa.

Cazares também pode responder por lesão corporal, já que uma das vítimas alega ter sido agredida por ele. Segundo o delegado, as vítimas apresentam lesões leves e os investigadores aguardam laudos periciais. O jogador será ouvido pela polícia ainda hoje. Outros três amigos de Cazares estão na delegacia para prestar depoimento também.

É  importante ressaltar que o crime de estupro, previsto no art. 213, consiste em “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. Mesmo que não exista a conjunção carnal, o criminoso pode ser condenado a uma pena de reclusão de 6 a 10 anos.

O caso

O caso ocorreu no condomínio Boulevard, em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde Cazares mora. As jovens alegam à polícia que foram convidadas pelo jogador atleticano, via Instagram, para uma festa particular na casa dele. O convite teria ocorrido na semana passada, mas foi concretizado apenas ontem.

Um taxista enviado por Cazares buscou as modelos nas residências delas e as levou ao condomínio. Chegando lá, as mulheres afirmam que se surpreenderam, pois outras pessoas estavam na festa – e elas pensavam que se tratava de um evento particular.

De qualquer forma, elas continuaram na residência do jogador interagindo com os outros presentes. No entanto, em um determinado momento, a mais jovem afirma que itens de maquiagem e entorpecente foram furtados de sua bolsa. A partir daí, a confusão teria iniciado, sempre conforme versão das duas amigas, que chegaram a publicar um story no Instagram, por volta das 23h, na residência de Cazares, no qual é possível ver parte de um quadro estampando o jogador.

As jovens alegam que começou uma discussão generalizada para, em seguida, as duas serem espancadas com socos e puxões de cabelo. À PM as modelos afirmam que o jogador teria batido a cabeça da mais nova no chão e, mais tarde, tentado pegar o celular dela. Por fim, elas teriam sido colocadas em um táxi, mas se recusaram a ir embora.

Outra versão

Já uma outra participante da festa, de 23 anos, conta uma versão bem diferente às autoridades. Afirma que as mulheres estavam dançando em cima da mesa quando as duas foram flagradas usando droga. Ela, então, interveio e pediu para que as duas parassem pois, segundo a própria, ninguém naquele local usava entorpecente.

A partir desse momento, a confusão teria se iniciado, com as duas muito exaltadas, agredindo outros participantes, quebrando copos e quadros. As modelos teriam ainda ameaçado os demais, afirmando que conhecem pessoas perigosas, e que acabaria com a vida do Cazares e o levaria à Justiça se não desse dinheiro a elas.

Essa terceira mulher disse, ainda, que as modelos não foram agredidas por nenhum homem, apenas por ela, que se defendeu das agressões sofridas. A versão foi confirmada por outros participantes da festa.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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