Comerciante guarda carteira perdida com R$ 1 mil por um ano e a devolve

Arquivo pessoal

Um ano após perder uma carteira com mais de R$ 1 mil, uma idosa de 68 anos foi surpreendida com a notícia de que o objeto havia sido guardado durante todo este tempo, e que agora seria devolvido em mãos. A história de como Maria Mazzarello Zaidan recuperou a quantia, e a carteira, é tão inacreditável que parece roteiro de filme. Confira!

Dona Mazza, como Maria prefere ser chamada, voltava de Brasília, no Distrito Federal, quando parou em uma lanchonete no distrito de Cachoeira do Campo, em Ouro Preto, na região Central de Minas, onde acabou esquecendo a carteira.

Da casa dela em Ponte Nova, na Zona da Mata, dona Mazza relembra com carinho do ato generoso de Geraldo da Costa, de 69 anos, o dono da lanchonete que guardou o objeto ao longo de um ano.

Ao BHAZ, a idosa conta que o dinheiro “não fez falta, graças a Deus” e que, na verdade, ela nem se lembrava mais da carteira. “Com 68 anos já temos uma proposta de vida de não se apegar muito a ‘pequenas coisas’. A saúde, os filhos, os netos, o marido, tudo isso vem em primeiro lugar”, conta. Mazza diz ainda que ficou “danada da vida” consigo mesma quando descobriu que havia perdido a carteira.

A saga para a devolução

A saga para devolver a carteira foi longa. Primeiro Geraldo descobriu recibos na carteira que indicavam o nome e a cidade onde Dona Mazza morava. Em seguida, o dono do estabelecimento procurou um de seus fornecedores, que também mora em Ponte Nova, para perguntar se o rapaz conhecia a dona do objeto.

Começou então a jornada entre moradores do município para ver quem conhecia a idosa. O homem não a conhecia, nem a esposa dele, mas a sogra era colega de hidroginástica de dona Mazza. A carteira foi devolvida por meio do fornecedor, ao lado de um bilhete que dizia: “Esquecida no caixa no dia 22/07 de setembro de 2018, às 7h30”.

Arquivo pessoal

Dona Mazza revela ainda que pretende passar no restaurante de Geraldo já no próximo mês, para agradecer pessoalmente. “Não é pelos mil reais, é pela história que é muito engraçada. Toda essa engrenagem, essa linha de investigação para descobrir, e aí tem o senhor que é todo ‘educadim'”, lembra.

De acordo com a idosa, a proposta de vida de Geraldo é devolver tudo o que é esquecido em seu estabelecimento. “Isso é legal. Ele não vai ‘passando a mão’ e nem deixa ninguém levar. Nos banheiros desses lugares costumam esquecer muitas coisas, óculos, bolsas e até ‘menino’. Mas ‘menino’ ninguém quer não”, brinca a senhora.

Para dona Mazza, conhecer Geraldo da Costa foi “uma lição de vida ao vivo e a cores”.

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