Thiago Neves promete ‘resolver situação’ de gari que teve moto furtada

Arquivo pessoal/Renato Sá de Souza + Estádio Mineirão/Reprodução

O gari que teve a moto furtada nessa terça-feira (17), no bairro União, na região Nordeste de Belo Horizonte, ganhará uma ajuda de peso. O jogador Thiago Neves, do Cruzeiro, entrou em contato com o trabalhador e disse que vai ajudá-lo.

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Ao BHAZ, Renato Sá de Souza, de 36 anos, disse que não esperava tamanha repercussão de seu vídeo. “O Thiago Neves me ligou e disse que viu meu vídeo e que ficou muito sensibilizado. Não falou como vai me ajudar, mas marcou de encontrar comigo amanhã pela manhã e disse que me ajudará”.

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Além do jogador cruzeirense, Renato recebeu muitas mensagens e ligações. “Várias pessoas me ligaram falando que vão me dar uma força, que vão estar me ajudando. Eu estou com a mente muito tranquila, Deus é bom demais. Eu quero agradecer a todo mundo. Nunca imaginava que em um mundo de tanta gente ruim, teriam pessoas boas assim. Não tenho nem palavras”.

O gari conta que é atleticano, mas muito fã do jogador. “Quero ele no meu time, gosto demais dele. A primeira coisa que passou na minha mente foi que sou atleticano, até fiquei com um pouco de medo da reação dele. Mas ele é um cara bom, estou ansioso demais por amanhã”, explica Renato.

Sem a moto, Renato precisou ir de ônibus para o trabalho. “Fui e vou voltar de ônibus, não muda nada em minha vida. Não vou abaixar minha cabeça, vou seguir em frente e continuar lutando pelas minhas coisas. Mesmo se ninguém me ajudasse, eu trabalharia muito para conseguir minha moto de novo”, completa.

O caso

Renato acordou nessa terça-feira (17) antes do sol raiar, como faz todos os dias, para chegar ao trabalho, pontualmente, às 5h. Deixou a esposa, que até semana passada estava desempregada, e os três pequenos (dois filhos e uma enteada) para mais um dia de labuta. Estacionou a moto na rua Artur de Sá com a avenida Cristiano Machado, perto de um posto de gasolina, para trabalhar na capina e na limpeza de vias próximas.

Quando voltou, 10h30 depois, às 15h30, cadê a moto? “Poxa, as coisas estão difíceis demais. Minha moto era meu único meio de transporte que eu conquistei com muito suor. Era meu meio de locomoção para trabalhar, meu xodó, vai fazer falta demais. Eu só quero que reconheçam meu esforço e devolvam a moto”, afirmou Renato ao BHAZ.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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