Crianças queimam os pés em escolinha na Grande BH, e menino sofre ferimentos graves

Reprodução/Arquivo Pessoal/Douglas Dutra

Duas crianças tiveram os pés queimados em uma escola municipal na cidade de Raposos, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a instituição de ensino, as crianças, que têm aproximadamente dois anos de idade, pisaram descalços em uma pedra de mármore que estava quente. Uma menina sofreu ferimentos leves e um menino teve queimaduras de segundo e terceiro grau.

O pai de um dos pequenos disse que pretende processar a prefeitura por negligência. Já o Executivo municipal alega que tem prestado todo apoio às famílias e que o caso trata-se de uma “triste fatalidade”.

O caso aconteceu na escola Professora Maria Antônia de Souza França, no bairro Recanto Feliz, em Raposos, na quinta passada (12). As crianças estavam em uma atividade fora da sala de aula, por volta das 14h, quando o calor estava intenso e o sol à pino, fato que teria aquecido a pedra em que eles pisaram.

Segundo o pai do menino, Douglas Weilender Dutra, de 26 anos, por pouco o filho não precisou passar por um procedimento cirúrgico. “Os médicos disseram que, se ele tivesse ficado um pouco mais em cima da superfície quente, seria necessário fazer um enxerto. As queimaduras foram muito graves”, diz o pai.

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Ainda de acordo com Douglas, mesmo após uma semana do ocorrido, o menino continua sem conseguir andar. “Ele reclama de dores e não está conseguindo andar, por medo e por estar muito sensível ainda. Imaginamos que ele só vai se recuperar totalmente na próxima semana”, afirma.

Douglas conta que pretende processar a prefeitura por conta de negligência e por não ter prestado assistência à família. “Como uma criança estava descalça em um dia com mais de 34ºC? Como não tinha ninguém para evitar que isso acontecesse? A história está muito mal contada. Não quero que isso fique impune, eles têm que pagar e precisam aprender com isso. Não tem explicação cabível”, relata.

Ele também alega que a prefeitura não tem dado a assistência necessária. “Nos disponibilizaram um carro, mas que só nos ajudou três vezes, depois sumiu. Eu vou ter que arcar sozinho com o plano de saúde”. Douglas também diz que não confia mais na escola e que terá que desembolsar valores para colocar o menino em uma unidade particular.

“Eu não confio mais em deixar meu filho lá. E é o único lugar gratuito da cidade. Nós, os pais, precisamos trabalhar e estudar. Mudou toda a nossa rotina”, afirma.

Prefeitura

Em nota publicada nas redes sociais (confira na íntegra abaixo), a prefeitura de Raposos lamentou o ocorrido e disse que “foi aberta uma sindicância interna para apurar o que realmente causou as queimaduras nos pés das crianças”.

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Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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