Mãe de três fica grávida de gêmeos mesmo com DIU e relato viraliza: ‘Não esperava de jeito nenhum’

Arquivo Pessoal/Divulgação

De repente gêmeos! Uma moradora de Itu (SP) foi pega de surpresa, no último dia 11, quando descobriu que estava grávida mesmo usando o dispositivo intra-uterino (DIU). Sendo mãe de três filhos, a dona de casa Cibele Cristina agora está em processo de entender que a família irá aumentar, e em dose dupla. Ao compartilhar o susto em seu Facebook, a mulher foi surpreendida pela segunda vez. É que o post ganhou tanta repercussão que já soma mais de 27 mil compartilhamentos.

A descoberta veio quando Cibele começou a sentir fortes cólicas durante um treino na academia. A jovem, que praticava exercícios diariamente havia trocado as atividades e relacionou as dores à mudança. Contudo, ao passar os dias, as dores foram aumentando e Cibele notou seus seios sensíveis e, por já ter passado por três gestações, começou a se questionar.

“Minha menstruação já estava atrasada, mas eu nem me importei porque ela é super desregulada. Só que daí eu senti meus seios doendo e me questionei, mas ao mesmo tempo falei que era impossível eu estar grávida. Impossível não, porque como eu já sabia que não era 100%, mas mesmo assim eu me questionei”, relembra Cibele.

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Apesar de querer acreditar que não era nada, a mulher decidiu fazer um teste de gravidez. “Comprei um teste de farmácia e, já de cara, deu positivo. Ainda não acreditando, comprei outro e deu positivo de novo. Ai como eu tinha o DIU, fiquei com medo e fui direto pro hospital”, disse. Cibele afirma que assim que chegou no local realizou o teste beta e, mais uma vez, foi confirmada a gravidez.

“Aí me pediram pra eu voltar no próximo dia, que foi na terça-feira (10), pra eu saber onde estava localizado o DIU. E pra minha maior surpresa foi constatado que eu estava grávida de gêmeos, aí eu surtei”, contou a mulher ao BHAZ. Ela ainda disse que no início achou que o médico estava brincando, quando ele realmente afirmou a gravidez gemelar: “Nessa hora eu apaguei, fiquei alguns segundos totalmente aérea”, diz Cibele.

O susto não foi só para a mulher. Segundo ela, o médico sinalizou que em 16 anos, Cibele teria sido o primeiro caso atendido por ele de gêmeos com DIU. Contou ainda que a família aceitou desde o primeiro dia, mas que a ficha demorou a cair. “Eu que tive um processo mais lento, mas eles estão super feliz”, afirmou.

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Viralizou!

Cibele decidiu compartilhar sua experiência em seu Facebook e, em menos de 10 dias, a publicação já possui 27 mil compartilhamentos. Segundo a mamãe de gêmeos, o celular dela não parou desde então. A jovem conta que recebe centenas de mensagens por dia de pessoas querendo tirar dúvidas, oferecendo ajuda ou a parabenizando pela gravidez.

“Está sendo uma loucura ainda. Eu tinha contado só pros meus amigos e coloquei em um grupo de mães que eu participava e a partir dali bombou”, contou Cibele ao BHAZ. Ainda com muito bom humor, a mulher brinca que virou uma especialista virtual. “Muitas pessoas pedindo conselho, eu não sei nem o que aconteceu comigo e as pessoas pedem conselho pra mim. Virei uma ginecologista virtual”, brincou.

DIU

O DIU é uma pequena haste em formato de T colocado dentro do útero em procedimento realizado em consultório. Ele libera substâncias que tornam o ambiente desfavorável ao espermatozoide, impedindo a fecundação. As mulheres podem ficar um período prolongado com o dispositivo, que pode variar de 5 a 10 anos, mas nada impede que ele seja retirado a qualquer momento, se for da vontade da paciente, ou se ocorrer algum problema.

Questionada sobre a situação vivida por Cibele, a obstetra e ginecologista Thelma Figueiredo ressaltou a possibilidade de falha que existe em todos os métodos anticoncepcionais. “Todos eles falham, camisinha, laqueadura, pílula, todos. Mas o DIU é considerado um dos métodos mais seguro, mas ele tem um índice de falha que vai de 0,2% até 0,6%. Então ele é comparável ao uso de uma pílula”, afirma a especialista.

Além disso, pontua a importância do uso correto e periódico dos procedimentos. “Então, existe o uso típico e uso atípico destes metódos. Uso típico é quando a pessoa usa o procedimento como deveria. Por exemplo a camisinha: usando ela do jeito típico, a chance de engravidar é de 2 em casa 100 mulheres durante um ano. Aí se a pessoa não usa toda vez, esse risco sobe pra 13. Então é necessário um cuidado grande”, completou Thelma.

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Apesar da surpresa, Cibele indica o uso do DIU. “O DIU é um procedimento seguro, não é 100% mas é seguro. Nem todo caso é o meu caso. O meu caso foi diferente, o meu útero rejeitou. Eu indico às pessoas a fazerem o teste e apoio quem quer colocar. O meu caso é porque eu não podia tomar anticoncepcional, o meu caso foi bem raro. Eu conheço muita gente que tem o DIU há anos e não aconteceu nada”, afirmou a mulher.

Laqueadura

Mesmo com a surpresa, a moça afirma já ter aceitado a gravidez e que seu único medo é negarem a ela, mais uma vez, a realização do processo de laqueadura. Cibele conta que já havia tentado operar após suas três gestações, mas seu pedido teria sido negado devido ao risco.

“Eu tentei a cirurgia antes de engravidar e não consegui. Daí agora tenho medo de eles não quererem me operar de novo porque quando eu tive meu terceiro parto, eu pedi, implorei mas eu não consegui. Agora o que eu mais quero é realizar esse procedimento, de forma gratuita pelo SUS. E se possível já no parto, para não terem que me abrir de novo pela quinta vez”, diz Cibele.

Com Agência Brasil

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