Homem assume paternidade de filha da amiga da namorada: “Pai é quem dá amor”

Reprodução/Facebook/Raphael Porto

Crescer sem a figura paterna é o drama de aproximadamente 5,5 milhões de crianças que não foram registradas pelo pai no Brasil. Quem entraria nesta estatística seria a pequena AnaFlor, de dois anos. Porém, ela ganhou um pai que lhe assumiu “por amor”. O analista de sistemas carioca Raphael Porto, de 26 anos, que é amigo da mãe de AnaFlor, adotou a pequena, mostrando que a formatação familiar depende apenas do amor.

“Crescer sem pai, ou com pai ausente é horrível, por mais que a mãe seja incrível, perfeita, o pai faz falta”, conta Raphael.

Em conversa com o BHAZ, Raphael contou sobre o início da relação com a filha. AnaFlor é filha de Brunna Andrade, que é amiga de Amanda Tavares, namorada de Raphael. Segundo ele, os três começaram uma grande amizade há mais de um ano. “É uma ligação tão forte, que é até difícil explicar. Pai é quem cria, pai é quem dá amor, pai é quem zela pela saúde e cuida, acima de tudo ”, afirma.

“Não foi algo que eu planejei, simplesmente, nós três estávamos na sala de casa conversado e a AnaFlor brincando no chão, quando ela me chamou de pai. No início, achamos que seria algo momentâneo, mas ela continuou. Foi quando eu conversei com a minha namorada e com a Brunna sobre eu assumir essa figura paterna da AnaFlor”, conta.

Raphael contou que a mãe da criança topou a ideia. Ele lembra, ainda, que os três têm uma convivência tranquila. “Nunca tive obrigação de pagar nada, ajudo com coisas que eu posso e sempre ligo pra saber se está faltando algo. A Amanda é como uma segunda mãe também. Somos uma família com um pai e duas mães e nos damos muito bem, não há briga entre a gente”, relata.

Sobre a relação com AnaFlor, Raphael ressalta que não há nada de diferente de uma relação biológica entre pai e filha. “A mãe é mais carinhosa mais zelosa, eu tento corrigir mais e sou mais rude, claro que dentro do carinho e sem faltar com respeito, sempre educando. Acredito que, quando ela crescer, vai entender todo o carinho e essa preocupação que tenho por ela crescer em mundo machista, onde a mulher é maltratada. Eu sempre, eternamente, vou proteger ela independente do que aconteça”, afirma.

Algumas pessoas não entendem a relação familiar entre Raphael, a namorada e AnaFlor e acabam atacando os dois. Questionado sobre como lida com o preconceito, ele lamenta: “Alguns comentários negativos me deixam triste, pois sou muito sentimental. Me deixa triste ver a que ponto chegou o nível do ser humano em pensamento de maldade”, conclui.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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