A cantora e atriz sul-coreana Sulli (Chon Jin-ri), de 25 anos, ex-integrante da banda de k-pop f(x), foi encontrada morta em sua casa, na cidade de Seongnam, nesta segunda-feira (14). De acordo com a polícia, o empresário foi até a a casa dela porque não conseguia falar por telefone. O último contato ligação foi na noite desse domingo. As informações são do jornal britânico Metro UK.
O corpo da jovem foi encontrado às 15h20, horário da Coréia do Sul. A polícia ainda confirmou que ela sofria de uma grave depressão. “Parece que ela tirou a própria vida, mas também estamos investigando outras possibilidades. Pedimos desculpas por transmitir tais informações”, disse um policial a Yonhap, agência de notícia Sul-Coreana.
A SM Entertainment, gravadora da cantora, lamentou a morte da jovem através de um comunicado. “Não podemos acreditar na situação agora e estamos apenas cheios de tristeza. Para a família dela que está sofrendo com as notícias repentinas de sua morte, solicitamos sinceramente que os jornais se abstenham de escrever artigos especulativos ou espalhar boatos. Expressamos nossas profundas condolências”.
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A cantora suspendeu a carreira de k-pop em 2014 depois de lutar contra o abusos on-line. Sulli voltou a atuar no ano seguinte, mas deixou o f(x). Ela chegou à fama em 2005, com apenas 11 anos, quando interpretou a princesa Seonhwa de Silla no drama da emissora SBS, “Ballad of Seodong”.
A última postagem de Sulli no Instagram foi nesse sábado (12), quando ela compartilhou um vídeo de um presente que ganhou da marca de bolsas Stretch Angels.
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Sulli já havia tornado público seu transtorno do pânico, fobia social e grave depressão, dizendo em um teaser de seu reality show Jinri Store no ano passado: “Fobia social, transtorno do pânico. Eu tenho transtorno do pânico desde jovem. Teve momentos em que pessoas próximas, alguns dos meus amigos mais próximos me deixaram. As pessoas me machucavam, então tudo desmoronou. Eu não sentia que havia alguém do meu lado ou alguém que pudesse me entender. É por isso que eu me desmoronei completamente”.
Nas redes sociais, fãs brasileiros da cantora lamentaram sua morte e comentaram sobre depressão. Veja a repercussão:
Assunto sério: Como ajudar alguém com depressão?
A melhor conduta é sempre acolher, escutar, conversar e levar a pessoa com indícios de depressão até um serviço ou profissional de saúde mental. “Nesses casos, a pessoa, geralmente, não possui ‘forças’ para buscar ajuda sozinha e se um familiar ou amigo conseguir acompanhá-lo até um serviço ou profissional de saúde mental será a melhor ajuda que essa pessoa receberá. Só orientar onde ir, na maioria dos casos, percebe-se que é insuficiente. Acompanhar torna-se fundamental nesse processo. Algumas universidades têm espaço de acolhimento para os universitários”, orienta a psicóloga Michele Alves.
“A abordagem dos quadros psiquiátricos é individualizada e vai sempre se basear nos princípios de não causar dano, avaliar a intensidade e gravidade dos sintomas e suas repercussões no dia a dia da pessoa, além de outro fator muito importante e muitas vezes determinante que é a rede de suporte social à qual o indivíduo tem acesso”, pondera o psiquiatra Filipe Calais.
A depressão e todos outros adoecimentos psíquicos são doenças complexas, com apresentações variadas e respostas terapêuticas que variam imensamente entre um indivíduo e outro. “O ideal é que o tratamento inclua a medicação, quando realmente necessário, terapias comportamentais, como a Terapia Cognitivo Comportamental, e outras modalidades de psicoterapia, incluindo a Psicanálise e Mindfulness (Atenção Plena). Outro ponto indispensável é a prática regular de atividades físicas que ajuda imensamente com a melhor a de sintomas depressivos e ansiosos”, explica Calais.
Locais de ajuda:
CVV (Centro de Valorização da Vida) – Ligação gratuita / sigiloso – 188
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) | Centro de Referência em Saúde Mental (CERSAM) – busque o serviço mais próximo a sua casa
