Comemoramos nesta semana o Dia dos Professores. Por isso, aproveito a data para fazer alguns alertas importantes.
Apesar de alguns avanços, o Brasil precisa melhorar muito para dar boas condições e valorizar mais nossos professores. Quanto a isso, há concordância em todos os espectros ideológicos. No entanto, a maneira como podemos chegar lá não é consenso.
Pessoalmente, acredito que só por meio de medidas liberais conseguiremos dar ao professor mineiro o reconhecimento que ele realmente merece. Aumentar os salários e proporcionar planos de carreiras adequados não será possível com um passe de mágica. De uma maneira responsável, só podemos fazer isso se cortarmos de algum lugar, afinal não é segredo para ninguém que Minas Gerais conta com um déficit da ordem de R$ 1 bilhão/mês.
Portanto, uma das saídas é aprovar o plano de privatizações proposto pelo governador Romeu Zema. Alguns podem estar se perguntando: mas o que uma coisa tem a ver com a outra? E eu respondo: tudo! Vendendo estatais como a Cemig, Copasa, Codemig e Gasmig, sobrará dinheiro para o Estado investir em outras áreas muito mais prioritárias, como educação e, consequentemente, nos professores. Para ser mais direta: votar contra o plano de privatizações é tirar recursos da educação e do professor.
O Regime de Recuperação Fiscal também está totalmente atrelado a uma melhora das condições de trabalho da categoria, pois só com a sua aprovação, o Estado conseguirá dar o suporte que esse importante profissional merece, inclusive, a condição primordial de receber seu salário em dia, sem parcelamentos.
Outra alternativa (de forma alguma excludente) é aprovar a reforma da previdência com a inclusão dos Estados e Municípios. Você sabia que, em âmbito federal, se nada for feito, em alguns anos teremos todo o orçamento sendo usado para pagar as contas com a previdência? E que no Brasil a Previdência consome três vezes mais do que os gastos com saúde, educação e segurança juntos?
Ou seja, para resumir, apenas com aprovação de medidas como essas poderemos investir mais e com responsabilidade na educação. Quem prioriza tudo, não prioriza nada. Somente quando priorizarmos de fato a educação, os professores realmente terão o que comemorar.