Nível de barragem sobe e Vale suspende atividades no Complexo de Itabira

adoniran/Google StreetView/Reprodução

A mineradora Vale emitiu, nesta segunda-feira (21), uma nota a respeito da elevação do nível de alerta da barragem Itabiruçu, localizada no Complexo de Itabira, na região Leste de Minas. De acordo com a ANM (Agência Nacional de Mineiração), o protocolo adotado foi de emergência em nível 1, que não requer evacuação da população local. Devido ao ocorrido, a empresa suspendeu temporariamente as atividades na barragem.

Segundo a empresa, a decisão de paralisar as atividades da barragem veio de avaliação da própria Vale, acordada com órgãos de fiscalização externos, sobre a necessidade de realizar estudos complementares sobre suas caraterísticas geotécnicas. Os estudos serão realizados por empresa contratada pela mineradora, durante o prazo de 30 dias (leia abaixo a nota na íntegra).

Após nota emitida pela Vale, a Defesa Civil de Minas Gerais se posicionou a respeito. “Trata-se de um procedimento da empresa, devido a atividades internas, estando as ações sob o controle da Vale, auditadas pela Aecom. No momento, o nível 1 serve somente para essas atividades internas. Não há, portanto, nenhuma ação a ser feita pelos órgãos de defesa civil e nem a necessidade de evacuação da população”, diz em nota.

Níveis do DNPM:

I. Nível 1 – Quando detectada anomalia que resulte na pontuação máxima de 10 (dez) pontos em qualquer coluna do Quadro 3 – Matriz de Classificação Quanto à Categoria de Risco (1.2 – Estado de Conservação), do Anexo V, ou seja, quando iniciada uma ISE e para qualquer outra situação com potencial comprometimento de segurança da estrutura;

II. Nível 2 – Quando o resultado das ações adotadas na anomalia referida no inciso I for classificado como “não controlado”, de acordo com a definição do § 1º do art. 27 desta Portaria; ou

III. Nível 3 – A ruptura é iminente ou está ocorrendo.

Nota da Vale

“A Vale S.A (“Vale”) informa que suspendeu temporariamente, a partir de hoje, a disposição de rejeitos na barragem Itabiruçu, localizada no Complexo de Itabira, enquanto conduz avaliações sobre as caraterísticas geotécnicas da barragem. Durante a paralisação, a barragem adotará o protocolo de emergência em Nível 1, de acordo com a Agência Nacional de Mineração (“ANM), que não requer evacuação da população a jusante. A barragem Itabiruçu teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (“DCE”) emitida em 30 de setembro de 2019, que permanece válida.

A decisão de paralisar as atividades dessa barragem derivou de avaliação da própria Vale, acordada com órgãos de fiscalização externos, sobre a necessidade de realizar estudos complementares sobre suas caraterísticas geotécnicas. Os estudos serão realizados por empresa contratada pela Vale, durante o prazo de 30 dias.

O impacto da paralisação da barragem Itabiruçu, que recebe rejeitos da mina de Conceição, estará limitado a 2019 com cerca de 1,2 Mt, uma vez que o plano de produção de 2020 já previa a paralisação momentânea desta barragem em grande parte de 2020. Deste modo o plano de retomada da produção paralisada de aproximadamente 50 Mt permanece inalterado, conforme apresentado no Relatório de Produção e Vendas do 3T19.

A Vale reafirma seu guidance de vendas de minério de ferro e pelotas de 307-332 milhões de toneladas. No entanto, em função da paralisação de Itabiruçu e pela revisão do seu plano de vendas, espera que estas se situem entre o limite inferior e o centro da faixa.”

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