A Polícia Civil de Goiás instaurou um inquérito para apurar o caso de um empresário que agrediu brutalmente uma pedinte, na porta da distribuidora de bebidas de onde é dono. O caso ocorreu em novembro do ano passado, em Goiânia. Contudo, a família da vítima não soube do ocorrido naquela época. O espancamento só foi descoberto pelos familiares da mulher quando o vídeo que mostra a ação viralizou na semana passada.
As imagens chocam por conta da agressividade do empresário. No vídeo, a mulher está na porta do estabelecimento pedindo dinheiro quando é surpreendida pelo dono do local. Ele ataca a vítima com um forte tapa no rosto e a chuta por diversas vezes, mesmo com ela caída ao chão.
ATENÇÃO: AS imagens podem ser consideradas fortes.
O inquérito foi instaurado nessa segunda-feira (28), no 20º Departamento de Polícia de Goiás. O delegado Gilberto Ferro, responsável pelo caso, disse ao BHAZ que o empresário pode responder pelo crime de tentativa de homicídio.
“Pelas imagens, nota-se que ele a agrediu com muita brutalidade, com diversos chutes na cabeça. Sendo assim, ele assumiu o risco de causar dano grave, portanto é dolo eventual. Ele poderá responder por lesão corporal e tentativa de homicídio”, afirma o delegado.
O próprio delegado decidiu instaurar um inquérito para apurar os fatos depois de receber o vídeo das agressões em uma rede social. Até o momento, somente a irmã da vítima foi ouvida pela polícia e o agressor já foi identificado. “O vídeo já é uma prova de que houve as agressões, portanto, nós vamos ouvir todas as testemunhas e, por último, ouvir o suspeito. O advogado do suspeito já procurou a delegacia e disse que ele está à disposição da polícia para ser ouvido”, conta.
As agressões ocorreram no dia 1º de novembro de 2018 e a família da vítima não procurou a polícia na época. “A família não sabia do ocorrido. No dia do crime, a mulher chegou em casa e disse que estava com dores no corpo e apresentava hematomas. Os familiares só descobriram as agressões na semana passada quando viram o vídeo”, diz Gilberto.
O delegado diz ainda que o tempo que se passou desde as agressões pode atrapalhar as investigações, mas que há outras alternativas. “Nós vamos juntar as imagens e provas testemunhais e pedir ao Instituto Médico Legal um corpo de delito indireto’, afirma.
A vítima foi internada em uma clínica de reabilitação nessa segunda-feira (28). O BHAZ tentou contato com o autor das agressões, contudo, ele não atendeu as ligações. Os números da distribuidora também estavam indisponíveis. Por fim, a reportagem ainda tentou contato com a defesa do autor, mas ele não foi localizado até o fechamento desta matéria.