Escolas cívico-militares: Educação e disciplina

Divulgação/Colégio Militar de Belo Horizonte

Talvez poucos saibam, mas um dos períodos mais significativos da minha trajetória educacional foi quando estudei no Colégio Militar e Belo Horizonte, instituição de ensino das Forças Armadas: Exército, Aeronáutica e Marinha. Foi nessa fase que aprendi e vivenciei conceitos importantíssimos que carrego comigo até hoje, como a meritocracia, a disciplina e o gosto pelos estudos.

Entre 1998 e 2004, fui aluna da Turma Marechal Rondom, podendo conviver em um ambiente de intenso labor intelectual e de incentivo à participação em atividades culturais, artísticas, esportivas e sociais. Fui clarinetista da banda de música e jogadora do time de voleibol.

Durante toda a minha passagem pela escola, tive estímulos para pensar, criar, pesquisar, debater, questionar, refletir e construir o meu próprio conhecimento.

Por isso, fiquei extremamente feliz quando a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais definiu que vai aderir ao Programa de Escolas Cívico-militares do Governo Federal indicando as Escolas Estaduais Princesa Isabel de BH e Dos Palmares de Ibirité. Mais dois estabelecimentos de ensino do nosso Estado adotarão o modelo, que mesmo não sendo exatamente o mesmo dos Colégios Militares do Ministério da Defesa, possui várias de suas qualidades. Além disso, foi aberto prazo para que os municípios de Minas também pudessem aderir ao programa com suas escolas municipais.

Com o objetivo principal de promover a melhoria na qualidade da educação básica no país, o projeto terá início, como piloto, já no primeiro semestre do ano que vem. A ideia é implementá-lo em 216 escolas do país até 2023, sendo 54 inseridas por ano.

O recurso será de R$ 54 milhões por ano, ou seja, R$ 1 milhão por escola. O valor será investido em três áreas: didático-pedagógica, educacional e administrativa. Tanto na área educacional quanto na administrativa haverá a participação dos militares. 

Além de tudo que já foi citado, as 203 escolas cívico-militares hoje existentes no país, incluindo as que já existem em BH, de acordo com o MEC (Ministério da Educação), têm maior nota do Ideb do que as civis e com taxa de evasão 71% menor e de reprovação 37,4% inferior. Justamente pelos resultados apresentados no Ideb que comprovam a qualidade da aprendizagem, muitas comunidades desejam a inclusão de suas escolas no projeto de educação cívico-militar. Um exemplo é a Escola Estadual Francisco Sales da cidade de Capim Branco, a qual visitei no início do mandato a pedido de vereadores e da própria comunidade escolar. Nós queremos trazer esses ótimos índices para mais escolas de Minas Gerais.

Laura Serrano[email protected]

Laura Serrano é deputada estadual eleita com 33.813 votos pelo partido Novo. Economista, Mestre pela Concordia University (Canadá), pós-graduada em controladoria e Finanças e graduada pela UFMG com parte dos estudos na Université de Liège (Bélgica). É membro da Golden Key International Honour Society (sociedade internacional de pós-graduados de alto desempenho).

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