Um motorista do aplicativo Uber protagonizou uma boa ação que viralizou nas redes sociais. Alan levava Fernanda para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), quando o carro ficou preso em um engarrafamento. Ao perceber que o veículo não chegaria a tempo do voo da cliente, ele decidiu parar o carro e correr a pé com ela. O BHAZ conversou com a passageira para entender essa história!
A micro-empresária Fernanda Macahdo Vieira Cruz, que mora no Rio de Janeiro (RJ), estava em São Paulo para um curso de culinária. No último dia 24, data da passagem de volta e aniversário do filho de 10 anos, ela saiu da casa da tia, onde estava hospedada, 4 horas antes do voo, marcado para às 18h10, pegou o metrô e, logo depois, chamou por um Uber.
“Estávamos na rua Bela Cintra, no bairro Jardim Paulista, por volta das 15h. O tempo começou a passar e o trânsito fluía muito pouco. Fui conversando com o Alan, contando do aniversário do meu filho, dos meus compromissos. Nisso já era umas 17h, comecei a ficar desesperada”, conta a micro-empresária ao BHAZ.
Segundo Fernanda, eles estavam a pouco menos de 2 km do aeroporto. “O relógio continuava correndo, já estava quase aceitando que perderia o voo. Comprei uma passagem promocional, então nem teria reembolso. Cheguei a pedir para a minha mãe olhar outra passagem, mas ficaria por R$ 1 mil. Não tinha a mínima condição de pagar”, explica.
Alan estava de olho no GPS, pegando caminhos alternativos, tentando fugir do fluxo. Às 17h40, apenas 15 minutos para começar o embarque, o motorista teve uma ideia. “Ele disse que eu teria que confiar nele, que eu chegaria a tempo para o voo. Eu concordei, ele parou em uma rua lateral e finalizou a corrida. Eu não conhecia nada da cidade, então realmente confiei nele. Eu estava com duas malas e três bolsas”.
Fernanda explica que os dois desceram do carro e ele pegou quase todas os pertences da passageira para ajudá-la. “Aí ele me disse: ‘vamos ter que correr, você me segue’. Começamos a correr com as malas nas mãos pelas ruas de São Paulo. Eu tenho um problema no joelho e fui falando com ele que não conseguiria, ele me deu forças e continuei. Já estava quase desistindo, quando avistei uma passarela e ele disse que era só atravessar que chegaríamos”, explica.
Dentro do aeroporto, Alan orientou Fernanda e disse onde era o embarque. “Eu me despedi rápido dele, agradeci e fui. Corri mais um pouco e, por sorte e com muita fé, o voo estava atrasado e consegui chegar a tempo. Pude comemorar o aniversário do meu filho, fiquei realmente muito grata a esse anjo que Deus colocou em minha vida”, conta.
No Facebook, Fernanda fez uma postagem contando a história e pedindo ajuda para localizar Alan. Com mais de 50 mil compartilhamentos, a postagem chegou a até o motorista.
“Na correria, não consegui agradecer direito e nem trocar um contato. Com a corrente do bem, consegui encontrá-lo e nos falamos por WhatsApp. Eu agradeci muito, disse que gostaria de mandar um presente, mas ele disse que não precisava, falou que fez o que precisava ser feito. Serei sempre grata”, completa Fernanda.
Uber comenta a história
Por nota enviada ao BHAZ, a Uber diz ter um código de conduta da comunidade, que orienta, entre outras coisas, que o motorista parceiro trate os outros como deseja ser tratado e também seja atencioso.
“Na Uber, sabemos que cada uma de suas viagens é parte de uma história e que essas histórias se conectam quando você se movimenta pela cidade. O respeito entre todos é o mais importante para continuar confiando na plataforma. Então, cada vez que você usa a Uber, pense nos outros. Faça com que todos se sintam bem-vindos e lembre-se de que ‘Meu Uber é seu Uber’”, diz a nota da empresa.