Rio registra sensação de 50ºC; cientistas alertam para ‘sofrimento incalculável’: ‘Emergência climática’

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Com Agência Brasil

Na mesma data em que o município do Rio de Janeiro registrou o dia mais quente do ano com uma sensação térmica superior a 50ºC, um grupo com mais de 11 mil cientistas alertou para o “sofrimento incalculável” que as alterações climáticas irão provocar, a menos que haja grandes transformações na sociedade.

Na capital fluminense, os termômetros anotaram 41,8ºC às 12h da terça-feira (5), no bairro Santa Cruz, Zona Oeste da cidade. Já a sensação térmica foi de 50,1ºC também em Santa Cruz. No mesmo dia, mais de 11 mil cientistas de 153 países publicaram um artigo para marcar os 40 anos da primeira conferência mundial sobre o clima, realizada em Genebra em 1979.

“Declaramos clara e inequivocamente que o planeta enfrenta uma emergência climática”, dizem os cientistas na revista BioScience, em artigo publicado nessa terça-feira (5). “Para garantir um futuro sustentável, precisamos mudar a forma como vivemos”.

“Isso implica grandes transformações no modo como a sociedade global funciona e interage com os ecossistemas naturais”, acrescentam os cientistas, alertando ainda que não há tempo a perder.

“A crise climática já chegou e avança mais rápido do que a maioria dos cientistas esperava. É mais grave do que se pensava e ameaça ecossistemas naturais e o destino da humanidade”.

As medidas sugeridas pelos especialistas passam por deter o crescimento populacional – atualmente há mais 200 mil pessoas no mundo a cada dia -, reduzir a utilização de combustíveis fósseis por meio da aplicação de taxas e substituindo-a por energias renováveis, impedir a destruição de florestas e diminuir o consumo de carne.

Áreas da terra inabitáveis

Outra prática que traz “sinais profundamente perturbadores” em termos de clima é a atividade aérea, com o número de passageiros aumentando significativamente. “A crise climática está ligada ao excessivo consumo de um estilo de vida rico”, defendem os especialistas.

“Essas reações climáticas em cadeia podem causar perturbações significativas nos ecossistemas, na sociedade e nas economias, tornando vastas áreas da terra inabitáveis”, advertem.

“A boa notícia é que uma mudança, com justiça social e econômica para todos, levará a um bem-estar muito superior àquele que sentimos atualmente”.

Os mais de 11 mil cientistas de 153 nacionalidades colaboraram para a elaboração dessa mensagem. O professor William Ripple, principal autor do comunicado, diz ter sentido a necessidade de passar a mensagem para que sejam entendidas todas as causas e efeitos dessa crise, e não apenas os problemas mais abordados como as emissões de carbono e o aumento da temperatura global.

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