Menina de 14 anos é assassinada e encontrada em região turística de Minas

Itabira Online/Reprodução + Reprodução/StreetView/Ianny Bambirra

A morte de uma adolescente de 14 anos chocou os moradores do vilarejo de Serra dos Alves, na cidade de Itabira, região Central de Minas, no fim de semana. A menina, que estava desaparecida desde a última sexta-feira (8), foi encontrada no sábado (9) já sem vida, dentro de um riacho, na região que é conhecida e procurada por turistas em buscas de cachoeiras e rios. Dois homens de 32 e 35 anos são apontados como suspeitos.

Familiares da adolescente acionaram a PM (Polícia Militar) no sábado alegando que a adolescente havia saído de casa na noite de sexta e, desde então, não tinha retornado. A vítima estaria em um bar da região acompanhada do suspeito de 32 anos.

Os militares foram até a casa do suspeito e ele confirmou a informação. O homem disse que estava no bar, junto de seus dois filhos e a adolescente – os dois estariam bebendo. Porém, por volta das 23h, ele teria ido embora do bar com as crianças sem a adolescente.

No momento em que conversavam com o suspeito, os militares foram informados sobre o encontro do corpo da vítima. Ela estava em um córrego, dentro de um terreno baldio, deitada de bruços. A vítima estava com um ferimento profundo na testa e um hematoma no olho esquerdo.

Os militares foram atrás de imagens de circuito de segurança na região e viram que a vítima aparece em um vídeo caminhando ao lado do suspeito de 32 anos, em direção à casa do homem. Contudo, ela não aparece retornando para casa, no sentido oposto.

‘Segredo’

Uma testemunha contou aos policiais que um outro homem, de 35 anos, estaria envolvido no sumiço da jovem. Este segundo suspeito estaria ameaçando a jovem constantemente por mensagens e, na sexta, teria passado a mão nas partes íntimas dela e dito que a “pegaria”.  

O homem de 35 anos é amigo do outro suspeito de 32. Ele, inclusive, teria retirado as duas crianças da casa do colega, enquanto os policiais apuravam os fatos para evitar que os meninos constassem algo aos militares. De acordo com outra testemunha, os meninos estavam chorando e dizendo que “tinham um segredo que não podiam contar”.

Os policiais foram até a casa do homem de 32 anos e encontraram uma roupa suja de sangue. Ele disse que o sangue era dele, contudo, o suspeito não aparentava nenhum ferimento.

Suspeita de abuso

Outra testemunha disse que viu a jovem se deslocando com o suspeito de 32 anos por volta de meia-noite e, após 15 minutos, ouviu gritos de uma voz feminina dizendo: “me larga, que eu paro de gritar”. Essa testemunha disse ainda que o suspeito de 32 anos mantinha relações com a menina de 14 anos há um tempo.

A Polícia Civil investiga se a jovem teria sido estuprada antes de ser morta e qual a causa da morte. Levantamentos preliminares, feitos na cena do crime não constaram indícios de abusos, porém, somente exames detalhados podem confirmar (ou descartar) o crime sexual.

Os dois homens foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Itabira. Às 16h30 desta segunda (11), a polícia informou que o suspeito de 32 anos foi preso pelo crime de feminicídio e ocultação de cadáver.

Os exames de necropsia não confirmaram crimes sexuais, contudo, a polícia diz que materiais foram colhidos no local e serão utilizados para apurar se houve ou não estupro ao longo da investigação. A jovem foi morta por asfixia.

O segundo suspeito de 35 anos foi liberado, pois não há elementos que confirmem sua participação no crime.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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