Mulher grávida é morta a caminho do trabalho por recusar aborto

Arquivo pessoal

A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava o assassinato de uma mulher de 32 anos ocorrido em fevereiro deste ano em Montes Claros, no Norte de Minas. A vítima estava grávida e foi morta a tiros quando deixava a casa em que morava a caminho do trabalho. Ela era pressionada a passar por um aborto, mas recusou o procedimento. O mandante do crime seria um homem de 48 anos, que tinha um caso extraconjugal com a gestante.

De acordo com a corporação, o homem de 48 anos foi preso temporariamente junto com os assassinos contratos por ele, um de 24 e outro de 36 anos. A vítima estava grávida de quatro meses e, segundo a investigação, já havia realizado um aborto anterior a pedido do mandante. Os três envolvidos foram presos na última semana, na quinta e na sexta-feira (22).

Durante a investigação, a Polícia Civil identificou mensagens em que a vítima contava para familiares e amigos que tinha medo de ser morta. “Ele pode me matar, mas eu não tiro esse filho”, escreveu ela em uma conversa. A corporação ainda descobriu que o relacionamento extraconjungal entre vítima e autor já tinha 10 anos e que os dois se conheceram em uma academia de propriedade dele, onde também dava aulas de capoeira.

Por fim, o inquérito também ressalta que o homem já planejava matar a vítima desde que ela ficou grávida pela primeira vez dele. O assassinato não ocorreu, no entanto, porque a vítima passou pelo primeiro aborto. Os três envolvidos foram levados para o presídio e devem responder por feminicídio.

O crime

No dia do crime, a vítima deixava a casa em que morava para ir ao trabalho. Era por volta das 5h, quando ela foi surpreendida e baleada no peito e no pescoço. Uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionada e a médica responsável deu indícios de que a vítima estava grávida. A mulher, no entanto, não resistiu aos ferimentos.

Os policiais que atenderam a ocorrência chegaram ao nome do suspeito, por meio de mensagens no celular da vítima, e o encontraram em um bairro próximo. Em conversa com os militares, o homem mostrou-se trêmulo e, a princípio, negou ter um caso extraconjugal com a vítima. Depois, no entanto, admitiu que os dois se relacionavam há cerca de 1 ano.

Os militares também perceberam diversas contradições na fala do mandante do crime, inclusive a respeito da gravidez da vítima. Ele disse não ter conhecimento, mas conversou sobre a gestação com a mulher por meio do WhatsApp. Na ocasião, ele acabou liberado por falta de provas.

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