Mãe com depressão dá remédio e mata a filha asfixiada após ficar estressada com o choro da criança

Prefeitura de Capelinha/Reprodução

Uma mulher, de 30 anos, foi presa suspeita de matar a própria filha, de 2, em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, nessa segunda-feira (25). A mãe, que sofre de depressão, também queria tirar a vida da outra criança, de 1 ano, e, na sequência, cometer suicídio.

A suspeita chamou os policiais, alegando que a filha mais velha tinha engasgado com a mamadeira, conforme contou, ao BHAZ, o capitão Luís Sandoval Pires, sub-comandante da Polícia Militar em Capelinha. “Assim que a corporação atendeu o chamado, um dos militares observou que numa lixeira havia uma mexa de cabelo grudado em uma fita adesiva e perguntou para a mulher o que era aquilo”, disse.

A mulher começou a se confundir com as versões e acabou confessando o crime. “Ela contou que a filha mais velha chorava bastante, desde o domingo e que não aguentava mais o choro. Então, deu um calmante para a menina, pegou a fita e amarrou os braços e pernas da criança. Além disso, também colocou uma meia na boca dela para abafar os barulhos e passou a mesma fita”.

Depois de fazer isso, a mãe saiu da casa para comprar uma nova fita, pois desejava fazer o mesmo com a outra criança, conforme o registro do B.O. (Boletim de Ocorrências).

“Ao voltar ela entrou em desespero, pois a criança já não se movimentava no berço. A mulher ainda fez massagem cardíaca, deu um banho de água fria e até usou um nebulizador, na tentativa de ressuscitar a criança”, contou o capitão.

Em conversa com a assistente social, a mãe disse que, quando constatou que a filha estava mesmo morta, pensou em matar o bebê de 1 anos e se suicidar. A mulher sofre de depressão e faz uso de remédios controlados.

O Conselho Tutelar entregou a outra filha aos cuidados do pai e o caso será investigado pela Polícia Civil.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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