Prêmio de consolação: Galo vence Botafogo e ‘encerra’ Brasileirão sofrível com Sul-Americana

Vitor Silva/Botafogo

Livre do risco de rebaixamento, o Galo enfrentou a partida contra o Botafogo nesta quarta-feira (4), no Mineirão, com menos nervosismo e mais calma. Resultado? Vitória por 2 a 0. Com o triunfo, o Atlético garantiu a vaga para a Copa Sul-Americana de 2020 e encerra sua participação no Brasileirão, apenas cumprindo tabela na última rodada: longe dos anseios do atleticano, mas também distante do Z4.

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O Botafogo estava numa situação parecida: com a derrota do Cruzeiro para o Vasco na última segunda-feira (2), o alvinegro carioca também se firmou na Série A. Assim como o Galo, o Botafogo entrou em campo no Mineirão na disputa pela vaga na Sul-Americana.

Pela última rodada do Campeonato Brasileiro, quando não almeja e não foge de mais nada, o Galo enfrenta o Internacional no próximo domingo (8), às 16h, no Beira-Rio, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Contratação fantasma

Antes do jogo, a escalação já incomodou o atleticano. É que, com a suspensão de Fábio Santos, a torcida esperava como substituto o lateral-esquerdo Lucas Hernández, que custou R$ 12 milhões ao Galo e só disputou quatro partidas pelo time. Não foi essa a escolha de Vagner Mancini: Hernández ficou de terceiro reserva, enquanto Patric entrou improvisado na posição.

A decisão fez os torcedores questionarem, na internet, a utilidade da contratação mais cara do diretor de futebol Rui Costa. “O rapaz tem algum problema físico? Médico? Não é possível que num jogo que vale pouquíssimo, o Patric seja IMPROVISADO na esquerda e ele siga no banco”, indagou o jornalista Alexandre Silva no Twitter.

Início de pressão

O Galo se destacou no primeiro tempo e pressionou a defesa do Botafogo. Com destaques de Cazares, Guga e Jair, o time se movimentou bem e mostrou um desempenho que não vinha sido visto em campo nas últimas rodadas do Brasileirão.

Marcou, mas anulou

Por pouco! O final do primeiro tempo se agitou com a entrada de Luan no lugar de Marquinhos, que se machucou em campo. O Menino Maluquinho mal entrou e já cruzou para Réver, que chutou direto no gol, mas nem deu tempo de comemorar: o árbitro marcou o impedimento, que foi confirmado pelo VAR.

Agora foi!

Pouco mais de cinco minutos depois do gol anulado, o Galo abriu o placar pra valer. Guga abriu para Cazares, que fez a assistência e passou a bola para Jair. O volante chutou direto para o gol e não deu chance para Gatito, goleiro do Botafogo. Desta vez, deu para comemorar!

Nos últimos minutos do 1T, o ataque atleticano continuou pressionando e chegou perto em algumas chances, mas não ampliou o placar contra o Botafogo antes do intervalo.

2T de ação

Depois da assistência para o gol que estava impedido, Luan brilhou novamente, desta vez como autor do gol. Aos 23 minutos do segundo tempo, Patric cruzou para o atacante, que cabeceou para o fundo das redes e ampliou o placar para o Galo.

O time continuou jogando bem no resto da partida, com a folga de dois gols. O desempenho até supreendeu a torcida atleticana, que, até poucas rodadas atrás, estava aflita com a possibilidade do rebaixamento. “Imagina que louco se o Atlético tivesse jogado o campeonato todo igual jogou domingo e tá jogando hoje…”, comentou uma torcedora no Twitter.

Um olho no peixe e outro no gato

O torcedor atleticano que assistia à partida no Mineirão acabou dividindo sua atenção com outra disputa. Ao mesmo tempo, o Ceará enfrentava o Corinthians e uma vitória do Vovô dificultaria – e muito – as chances para a salvação do Cruzeiro do rebaixamento.

Quando um pênalti foi marcado para o Ceará, a torcida do Galo comemorou como se fosse gol. Os cantos de “Arerê, Cruzeiro vai cair para a Série B” não duraram muito, já que o pênalti foi anulado depois da checagem do VAR. Já no fim do segundo tempo, o Corinthians abriu o placar no Castelão e os atleticanos não provocaram mais.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 2 X 0 BOTAFOGO

Local: Mineirão, em Belo Horizonte
Data e horário: quarta-feira, 4 de dezembro de 2019, às 19h30
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: José Eduardo Calza (RS) e Jorge Eduardo Bernardi (RS)
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP)
Gols: Jair, aos 40’ do 1ºT, e Luan, aos 23’ do 2ºT (ATL)
Cartões amarelos: Patric, aos 45′ do 2ºT (ATL); Cícero, aos 37’ do 1ºT, Luiz Fernando, a 1’, e Diego Souza, aos 43′ do 2ºT (BOT)

ATLÉTICO: Cleiton; Guga, Igor Rabello, Réver e Patric; Zé Welison e Jair (Vinicius, aos 37’ do 2ºT); Marquinhos (Luan, aos 33’ do 1ºT), Cazares e Otero; Di Santo (Geuvânio, aos 26’ do 2ºT)
Técnico: Vagner Mancin

BOTAFOGO:Gatito Fernández; Marcinho, Marcelo Benevenuto, Joel Carli e Lucas Barros; Cícero, João Paulo e Leo Valência (Luis Henrique, aos 11’ do 2ºT); Luiz Fernando (Vinícius Tanque, aos 26’ do 2ºT), Rhuan e Diego Souza
Técnico: Alberto Valentim

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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