‘Ajude a salvar Daniel’: Mãe cria campanha para manter tratamento do filho

Patrícia Rejane/Facebook/Reprodução

A campanha “Ajude a salvar Daniel” foi criada por Patrícia Rejane com o objetivo de arrecadar dinheiro para o tratamento do filho de 13 anos. Daniel Victor tem paralisia cerebral e a mãe enfrenta dificuldades com a falta de recursos para tratar o adolescente.

Patrícia mora no bairro Nossa Senhora da Conceição, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, e não trabalha por ter que cuidar do menino 24 horas por dia. Outra filha dela, que antes trabalhava para ajudar em casa, fez uma cirurgia no último sábado (7) para tratar uma trombose e espera um transplante de córnea.

Hoje, os gastos com Daniel giram em torno de R$ 2 mil, além do aluguel da casa onde mora a família, que custa R$ 630. O plano de saúde que custa R$ 320 e cobre a assistência da técnica de enfermagem é pago pelo pai de Daniel.

Daniel tem 13 anos e fica aos cuidados da mãe, Patrícia (Arquivo pessoal)

“O Daniel não consegue engolir, portanto a alimentação dele é feita apenas por meio de sonda e ele vive com ventilação mecânica dia e noite. Além disso, ele sempre contrai bactérias, então nós precisamos de usar um equipamento para colocar a alimentação. Agora estamos tratando uma traqueíte e o antibiótico custa R$ 200 cada vidro. Além disso, ele consome um pacote de fraldas por dia, e só pode ser de uma marca específica, pois ele tem alergia”, explica a mãe.

Desempregada, a renda de Patrícia consiste em um salário mínimo recebido como Benefício Assistencial aos Idosos e à Pessoa com Deficiência (BPC), pago pelo Governo Federal, além de receber doações de conhecidos. Segundo ela, o leite e a fralda especiais que Daniel usa deveriam ser fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, mas eles não recebem os recursos desde dezembro de 2018.

Além das dificuldades para manter o filho, a mulher enfrenta um processo do INSS que alega que o filho recebeu benefício impróprio. O instituto cobra uma dívida de R$ 15 mil, alegando que o BPC foi pago enquanto o ex-marido de Patrícia ainda morava com a família. Desta forma, a família teria, na época, um rendimento maior do que ¼ de salário mínimo, o que é contra as regras do benefício.

A família também move uma ação contra o hospital em que Daniel nasceu, alegando que sua condição é decorrente de um erro médico. “Durante o parto, faltou oxigênio no cérebro, o que ocasionou uma paralisia cerebral, escoliose – curvatura lateral da coluna – e problemas nos pulmões, pois ele engoliu líquido amniótico e mecônio”, explicou Patrícia.

Como ajudar

Como parte da campanha “Ajude a salvar Daniel”, Patrícia criou uma vaquinha online para arrecadar doações. “O desespero é enorme, qualquer ajuda, qualquer doação, de dinheiro ou não, é válida”, contou ela.

Além do dinheiro, a família aceita doações de fraldas ‘BigFral XG’, lenços umedecidos, gazes, medicamentos e leite ‘Trophic Basic’. Para mais informações, entre em contato com Patrícia pelo telefone (31) 9 8647-3508. Para doações em dinheiro os dados bancários são os seguintes:

Patrícia Rejane Madeira Abreu
Banco Caixa
Agência:0081
OP: 013
Conta: 01384389-7
CPF:741-916-246-87

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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