Aluna de Venda Nova vence Olimpíada de Português com poema sobre Minas

Divulgação/PBH

Uma aluna do 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal José Maria Alkmim, na região de Venda Nova, foi a campeã da categoria “Poema”, da Olimpíada de Língua Portuguesa, na última segunda-feira (9). O tema era “O lugar onde vivo” e a menina Nicole Rodrigues, de 11 anos, venceu com a obra “Da janela de Minas”, que fala da beleza, dos traços e dos acontecimentos marcantes do estado.

A última etapa da olimpíada foi realizada em São Paulo, onde foram revelados os 28 alunos vencedores das categorias e seus professores. No poema, Nicole fala tanto de coisas boas e dos aspectos positivos do lugar onde vive, quanto dos aspectos negativos, fazendo uma crítica social.

A professora de Língua Portuguesa Terezinha Lima da Silva, que foi uma das finalistas da competição, desenvolveu oficinas com os alunos e fez um acompanhamento extraclasse com Nicole, trabalhando a estrutura do seu poema e aperfeiçoamento do texto.

Terezinha explicou que esses projetos são uma forma de preparar os alunos para o futuro: “Todos ficamos muito felizes com essa conquista. A leitura e a escrita têm o poder de abrir portas”, disse Terezinha.

A Olimpíada de Língua Portuguesa é um concurso de produção de textos para alunos do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, de escolas públicas de todo o país.

Nicole nunca tinha feito um poema e entrou na competição apenas por sua paixão pela escrita. Ela não imaginava ir tão longe. “Quase não acreditei quando fui selecionada, fiquei muito feliz”, contou. Confira o poema dela na íntegra:

Da janela de Minas

Da janela de minha casa,
Vejo um belo horizonte.
Que lugar maravilhoso!
Aqui é um lugar esplêndido
De se viver, curtir e divertir.


Da janela de minha casa,
Vejo turistas curiosos,
Com um olhar fascinante,
Admirando nossa
Pampulha exuberante.


Da janela de minha casa,
Vejo um delicioso feijão tropeiro,
Digno de um mineiro,
Tão bom quanto o seu cheiro.


Da janela de minha casa,
Vejo belos museus ordenados,
Com nosso passado
Muito bem guardado.


Da janela de minha casa,
Vejo cintilantes cachoeiras,
Onde nadamos e nos refrescamos.


Da janela de minha casa,
Vejo tanto desemprego,
Assombrando nossa gente,
Que é honesta e decente.


Da janela de minha casa,
Vejo crianças sem cama,
Sem casa e sem comida.


Da janela de minha casa,
Vejo lágrimas tristes escorrendo,
Pelo rosto de quem perdeu
Um ente querido
Na barragem que se rompeu.


Da janela de minha casa,
Vejo a realidade de nossa sociedade,
Gente que não tem nada,
Mas ainda resta a fé.


Da janela da minha casa,
Vejo quase tudo…
Só aguardo a justiça,
A solidariedade e a honestidade
Serem feitas para vivermos
em igualdade.

Essa é a mais pura verdade.

/Com PBH

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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