Porta dos Fundos é atacado após exibir Jesus gay e Maria de Nazaré sexualizada: ‘Com Jesus não se brinca’

@portadosfundos/Instagram/Reprodução + @gduvivier/Twitter/Reprodução

O canal Porta dos Fundos, que tem mais de 16 milhões de inscritos no YouTube, se envolveu em mais uma polêmica. Desta vez, o motivo é um filme da produtora que mostra Jesus namorando outro homem e Maria de Nazaré sexualizada. Uma petição online mostra que mais de 700 mil pessoas, até o momento desta publicação, querem censurar o conteúdo.

O Especial de Natal que conta essa história foi lançado pela Netflix em 3 de dezembro e desde então tem acumulado críticas entre religiosos e conservadores. Muitas pessoas alegam que o filme desrespeita a religião cristã, entre elas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Em postagem no Twitter, o filho do presidente diz que a “Netflix ataca cristãos”.

Além do deputado, lideranças religiosas também se manifestaram. O bispo Dom Henrique Soares publicou em seu Facebook um longo texto criticando a produção. “O ideal seria uma ação judicial. Mas, com a desculpa de liberdade de expressão, todo lixo é permitido”, escreveu.

A deputada federal Chris Tonietto (PSL/RJ) requereu na Câmara dos Deputados uma moção de repúdio à Netflix, alegando que a produção contém “ostensivo vilipêndio e escárnio da fé cristã”.

‘Aqui quem fala é Jesus’

Gregório Duvivier, que interpreta Jesus no filme, escreveu uma resposta às críticas através da sua coluna da Folha de São Paulo. “Queridos seguidores, aqui quem fala é Jesus”, é a frase que abre o texto, escrito na voz de Jesus.

“A novidade é que tão fazendo um abaixo-assinado em meu nome pra proibir um especial de comédia ‘ofensivo’. Se ofende a mim, deixa comigo, pessoal. Eu sou foda. Quando não gosto de alguém, eu dou meu jeito”, escreveu Gregório.

“‘Ah, mas o Jesus deles é gay’. Gente, o humorista que quiser me irritar vai ter que se esforçar mais um pouquinho. Mas tem gente no Brasil que tá conseguindo. Desempregado pagando INSS?”, conclui o ator.

Outras pessoas reagiram aos ataques contra a produção, dizendo que existem outros assuntos mais relevantes para que cristãos se mobilizem. “Quem tá incomodado com o especial de Natal da Porta dos Fundos deveria se incomodar também com quem defende torturador e espalha ódio contra minorias. Do contrário é hipocrisia”, publicou uma conta no Twitter.

Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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