Kalil proíbe Guarda de sair às ruas após ameaça de greve: ‘Não vou aceitar essa pressão, confronto seria pesado’

IMAGEM ILUSTRATIVA (Henrique Coelho/BHAZ)

A Guarda Municipal está proibida de fazer segurança nas ruas de Belo Horizonte por tempo indeterminado. A decisão de manter os mais de 2 mil guardas dentro dos quarteis em uma época visada pela criminalidade – graças ao aumento das compras visando as festas de fim de ano – foi anunciada nesta quinta-feira (12) pelo prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD).

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“Não vou aceitar esse tipo de pressão de sete, oito ou nove. Mas sete, oito ou nove armados. O confronto seria pesado para essa cidade que está indo tão bem”, afirmou Kalil ao se referir à ameaça de um grupo de guardas de cruzar os braços com o objetivo de aumentar o reajuste salarial para 2020.

“Por minha determinação, a Guarda está nos quarteis sem veículos por um questão de segurança pública. Eu não posso permitir que homens armados marchem em protesto contra qualquer secretaria ou na porta da PBH”, anunciou o prefeito de BH. “Por uma questão de segurança pública, a PM, através do CPC (Centro de Policiamento da Capital), vai, com todas as forças possíveis, ocupar os lugares da Guarda”, complementou.

Ameaças

A corporação parou as atividades na semana passada para pleitear, entre outras reivindicações, aumento salarial de 20%. “De três anos para cá, não houve melhorias. Foi proposto um aumento de 7,2%, porém dividido em duas vezes: 3% no começo do próximo ano e o resto no fim”, afirmou, à época, um guarda que pediu para ter sua identidade preservada.

“O reajuste para o próximo ano foi aceito por todas as categorias, e a Guarda, através de meia dúzia, se rebelou e se iniciou um pequeno processo de quartelada [quando agentes de segurança se recusam a sair às ruas para fazer a segurança pública”, contra-atacou Kalil.

“O orçamento da Guarda, desde que eu entrei na PBH, houve um aumento de 70%. Quero dizer à população de BH que o reajuste médio da Guarda, se o projeto de lei fosse aceito, seria, pasmem, de 41% este ano e chegaria a 52% no ano que vem”, afirmou o prefeito de BH.

Até Carnaval

Kalil ainda disse que os guardas perderam o reajuste que já tinham conquistado. “Vou mandar substituto tirando a Guarda para que a gente venha pra mesa rediscutir o que já tínhamos acertado com Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte). Isso quer dizer que eles vão ter que sentar pra rediscutir o que já tinha ganho e foi retirado da proposta”, afirmou.

O prefeito ainda disse que vai rever o regulamento da Guarda e que a ordem de tirar os agentes da rua pode se estender até o Carnaval. “Tanto no Natal, quanto no Carnaval, seja o tempo que for, a Guarda está ‘enquartelada’ por ordem do prefeito. As viaturas estão recolhidas por ordem do prefeito. Vamos conversar na segunda (16)”, cravou Kalil.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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