A capital mineira acabou de ser premiada pela Unesco como Cidade Criativa da Gastronomia. Isso significa que BH tem o compromisso de defender ações de desenvolvimento sustentável do setor. Além disso, a premiação é de extrema importância para valorizar ainda mais a nossa tão famosa culinária, que ocupa papel fundamental no desenvolvimento do Estado.
Apenas para dimensionar, dados do governo mostram que a cadeia produtiva da gastronomia mineira é responsável por quase um terço do Produto Interno Bruto (PIB) Estadual. São hoje mais de 150 eventos gastronômicos e uma das regiões que têm mais produtos com certificados de origem e procedência.
Especificamente sobre os bares e restaurantes, levantamento feito pelo Ministério Público em parceria com a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), mostrou que são mais de 90 mil estabelecimentos, que geram cerca de 360 mil empregos diretos.
Os números que já são expressivos, vão muito além. Afinal, a gastronomia não é só restaurante, é também o carrinho de cachorro quente, a boleira, o pai de família que vende churrasquinho na porta do Mineirão. E eles são muitos, sendo Minas o segundo estado com o maior número de Microempreendedores Individuais (MEIs) em todo o país (mais de 780 mil).
O problema é que a burocracia para esses empreendedores torna tudo ainda mais difícil. A pequena costureira, que almeja crescer no setor de moda, por exemplo, precisa pagar muitas taxas e impostos.
E aqui aproveito para destacar outro setor tão importante para o nosso estado. Dados da Federação das Indústrias de Minas (FIEMG) mostram que há hoje mais de 10 mil estabelecimentos de atividades de moda, correspondendo a 15,2% do emprego da indústria de transformação. Somos o maior estado brasileiro exportador de joias e bijuterias, por exemplo.
Ou seja, são números significativos, de diversas áreas, mas que podem ser ainda maiores e ajudar Minas a diversificar sua economia e a sair da crise. Para isso, como parlamentar, me sinto na missão de debater ações para os empreendedores do negócio da moda, entre tantos outros. Precisamos criar mecanismos para desburocratizar e melhorar a vida de quem quer empreender. Temos a vocação para isso!