O espumante que usamos para brindar nas festas de Natal e final de ano tem quase 70% de seu valor em impostos. O peru e o tender da nossa ceia têm cerca de 29% e o panetone 34%. A lista de altos impostos não para por aí: as luzinhas de Natal têm 44% de carga tributária e a árvore natalina 39%. Até quem vai se vestir de Papai Noel não escapa já que, sobre o preço da roupa, incidem cerca de 35% de tributos.
Os índices, de um levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) encomendado para o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), são apenas um recorte temático para mais uma vez mostrar como os impostos no nosso país são excessivos e como precisamos de uma mudança.
Infelizmente, aqui em Minas Gerais passamos por uma situação delicada, com o Estado quebrado. O déficit orçamentário previsto para o próximo ano é de R$ 13 bilhões. Isso sem falar na dívida herdada da gestão anterior, de R$ 34,5 bilhões. O Estado não paga sua dívida com a União (graças a medidas liminares) e não possui dinheiro para investir em saúde e educação, por exemplo. Por isso, nesse momento, seria uma falta de responsabilidade o governo abrir mão dos impostos que hoje são cobrados.
Porém, a intenção do Governo Zema é melhorar a situação financeira do Estado sem aumentar impostos, apenas mantendo os que já existem. Com a situação melhor, mais para frente será possível inclusive pensar em reduzir a carga tributária. Esse é o cenário em âmbito estadual. Falando agora da situação federal, sou uma grande defensora de uma reforma tributária com a simplificação de impostos. Algo que pode inclusive reverberar positivamente aqui em Minas e em todos os demais Estados.
Por isso, defendo que a equipe econômica do nosso presidente, que fez um trabalho tão importante até aqui, comece o ano com a tão desejada reforma tributária. Defendo um Estado que não pese tanto no seu bolso, e nem na sua ceia. A reforma tributária é essencial para que o Brasil se torne um país mais fácil de empreender e trabalhar, voltando a crescer e gerando mais empregos e renda. Por um ano novo com reforma tributária!
