A doença que ainda é um mistério para os órgãos de saúde causou sua primeira morte em Minas. A vítima, identificada como Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, estava internada em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, e faleceu nessa terça-feira (7).
Outras seis pessoas seguem hospitalizadas com a enfermidade que ainda não foi identificada e já preocupa os mineiros. Técnicos do Ministério da Saúde vão ajudar na elucidação do caso.
Em nota (confira na íntegra abaixo), a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde) confirmou “com pesar” o primeiro óbito e ponderou que os casos seguem em investigação pelo CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde). Paschoal estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora.
Uma força tarefa está investigando a doença. O grupo é formado por técnicos da SES, da Secretaia Municipal de Saúde de BH e do Ministério da Saúde.
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O BHAZ entrou em contato com Camila Demartini, filha da vítima, mas ela não teve condições de conversar com a reportagem. O marido dela, Luiz Felippe Teles Ribeiro, de 37, também está internado com o mesmo diagnóstico do pai. Em seu perfil, ela pede doação de sangue para o companheiro.
Pelas redes sociais, Paschoal recebeu homenagens de familiares . Em uma das publicações, Simone Demartini relembrou os momentos vividos com ele. “Você vai fazer muita falta, mas hoje só é um momento de passagem, você viverá em outra dimensão, continuará nos vendo e olhando por nós. Você só foi na frente e estaremos sempre juntos”, disse em um dos trechos da publicação.
Doença “misteriosa”
A doença ainda não identificada já atingiu pelo menos sete pessoas em Minas Gerais, desde o fim do ano passado e no começo de 2020. Os primeiros indícios diagnosticados nos pacientes são gastrointestinais – como náusea e/ou vômito e/ou dor abdominal.
São sintomas parecidos com os de moradores do bairro Buritis, na região Oeste de BH, que viraram assunto nas redes sociais ao longo do último fim de semana. Contudo, apesar da semelhança, não há nada que confirme, até o momento, uma relação entre os casos.
O primeiro registro da doença foi feito no dia 30 de dezembro de 2019, em um hospital particular da capital mineira. O paciente deu entrada na unidade de saúde com insuficiência renal aguda e alterações neurológicas.
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Todos os pacientes diagnosticados são do sexo masculino e as idades deles variam entre 23 e 76 anos. Os enfermos seguem internados em hospitais da capital com insuficiência renal aguda de rápida evolução e alterações neurológicas centrais e periféricas. Os quadros evoluíram dos primeiros sintomas até a internação em uma média de 2,5 dias.
As alterações neurológicas citadas são: paralisia facial, paralisia descendente, borramento visual, alteração de sensório e amaurose (perda de visão parcial ou total).
Exames laboratoriais seguem sendo realizados na Funed (Fundação Ezequiel Dias), mas “ainda não há resultados conclusivos” sobre a doença, conforme informou a SES-MG.
Nota da SES
“A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais comunica, com pesar, que um dos pacientes cujos casos estão sendo investigados pelos CIEVS foi a óbito, ontem, 07/01, em Juiz de Fora, onde estava internado. As investigações seguem seu curso, realizadas pela força tarefa composta por técnicos da SES, da Secretaria Municipal de Saúde de BH e do Ministério da Saúde”.
