A PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) informou, nesta quarta-feira (8), que concluiu a identificação de todos os suspeitos envolvidos na tortura do coronel Alex Melo e da cabo Raiana Rodrigues, na madrugada da última segunda-feira (6). Ao todo, são apontado cinco indivíduos diretamente envolvidos, que estavam presentes no momento das agressões, e um sexto que teria sido abordado posteriormente.
Em coletiva concedida nesta tarde, o delegado Marcus Vinícius Vieira, da Polícia Civil, e o coronel Eduardo Alves, da Polícia Militar, informaram que foram definidas também as funções que cada um exerceu e a dinâmica do dia do crime.
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Segundo o delegado, os cinco homens, haviam cometido um furto, cuja vítima ainda não foi identificada, na cidade de Igarapé, região metropolitana de BH, e procuravam uma nova vítima quando passaram em frente à casa dos policiais militares. O portão estava aberto e o casal estava do lado de fora quando foi abordado pelos homens, que, inicialmente, pretendiam apenas roubar o local.
As investigações indicam que apenas quando os bandidos viram medalhas e outros objetos que indicavam que as vítimas eram policiais é que as agressões se tornaram mais graves.
Inicialmente, os crimes praticados pelos envolvidos foram tipificados como tentativa de latrocínio conjugado com associação criminosa, o que pode render até 60 anos de prisão. No entanto, o delegado reforçou que tudo ainda pode mudar, já que a investigação só será completa quando as vítimas estiverem em condições de prestar depoimentos.
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Ao inquérito atual serão acrescentadas as provas periciais, enviadas pelo IML (Instituto Médico Legal) e pela perícia criminal, e os depoimentos de Alex e Raiana. Só então a denúncia será encaminhada ao Ministério Público para a continuidade do processo.