A força-tarefa criada para investigar os casos de pacientes internados em hospitais de Belo Horizonte, depois de ingerir a cerveja Belohorizontina, divulgou uma nova nota a respeito da situação na tarde desta sexta-feira (10).
No comunicado, os órgãos envolvidos – Polícia Civil, SES-MG (Secretaria de Saúde de Minas Gerais) e Ministério da Agricultura, entre outros – explicam que o número de casos subiu para 10, com uma morte confirmada, e que exames apontaram a presença de dietilenoglicol em amostras de sangue de três pessoas hospitalizadas com sintomas da síndrome nefroneural.
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De acordo com o texto, a partir da descoberta da substância, um novo protocolo clínico para intoxicação por dietilenoglicol será divulgado em breve com o objetivo de orientar profissionais da saúde no tratamento dos pacientes.
Por fim, os órgãos ainda reforçam que consumidores que tenham a cerveja em casa podem encaminhar o produto para a Vigilância Sanitária, em Belo Horizonte, e para sedes dos Procons municipais fora da capital. Os lotes contaminados são o L1 1348 e L2 1348. Na capital, o material ficará sob custódia da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) para encaminhamento das investigações necessárias. Endereços de recolha podem ser conferidos aqui.
Fábrica interditada
Na tarde desta sexta-feira (10), técnicos do Ministério da Agricultura estiveram na fábrica da Cervejaria Backer, no bairro Olhos D’água, na região Oeste de Belo Horizonte, e interditaram o local.
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Os profissionais decidiram periciar todos os lotes da cerveja, não apenas os que as análises apontaram como contaminados. Leia a íntegra do comunicado emitido pelo Ministério da Agricultura aqui. Por meio de nota (veja abaixo), a Backer informou que não faz uso da substância dietilenoglicol no processo de fabricação de qualquer bebida, o que inclui a Belohorizontina.
A Backer ainda explica que trocará ou fará a devolução do dinheiro de consumidores que tiveram a marca da cerveja de qualquer lote. A nota fiscal precisa ser apresentada no ato da troca.
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Nessa quinta-feira (9), em coletiva de imprensa, as autoridades explicaram que ainda não é possível atribuir culpa à empresa, já que não há detalhes, até o momento, da forma e local em que a cerveja foi contaminada.
Nota da Backer
A Backer reforça que a substância dietilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos, inclusive da Belorizontina.
E reitera que continua colaborando com as autoridades e que se solidariza com as famílias envolvidas.
A cervejaria informa que os lotes L1-1348 e L2-1348 serão recolhidos diretamente nos domicílios dos consumidores, em horário agendado.
Para isso, os clientes devem ligar para o telefone (31) 99536-4042, exclusivo para esse procedimento.
A cervejaria aguarda a conclusão das investigações e reforça seu compromisso com a qualidade dos seus produtos.