Sobe para 17 o número de suspeitas de intoxicação por dietilenoglicol

Reprodução/Instagram/Backer + Reprodução/Envato

Chegou a 17 o número de casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol, ligados ao consumo da cerveja Belorizontina. A informação foi divulgada pela SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) nesta segunda-feira (13).

Entre os afetados estão 16 homens e uma mulher. Ainda segundo o órgão, quatro casos foram confirmados, um deles resultando na morte de um homem, e os outros 13 seguem em investigação.

Todos os pacientes notificados apresentaram sintomas após o consumo da cerveja Belorizontina, da Backer. “Os sintomas clínicos dos pacientes levantaram a hipóteses de intoxicação exógena por dietilenoglicol (DEG)”, diz a SES-MG.

“A Secretaria de Estado de Saúde continuará a investigação epidemiológica e clínico-laboratorial dos casos incluindo a emissão de notas técnicas para orientação aos serviços e profissionais de saúde e divulgação periódica de informações atualizadas à população”, conclui o órgão em boletim divulgado nesta segunda.

Mais cedo, a Polícia Civil informou que encontrou uma nova substância tóxica nos tanques de produção da cervejaria Backer, em Belo Horizonte. A corporação informou que a contaminação está em um novo lote da bebida, que, apesar de ser produzida pela cervejaria mineira, é comercializada apenas no Espírito Santo com o nome de Capixaba.

+ Mais uma substância tóxica é encontrada em cerveja da Backer e outro lote está contaminado

A substância é o monoetilenoglicol e foi encontrada em uma garrafa recolhida pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) na empresa, na última quinta-feira (9).

No fim da tarde desta segunda, o Mapa determinou que a Backer terá de recolher todas as cervejas fabricadas pela empresa desde outubro de 2019 do mercado. A ação vale para todos os rótulos da cervejaria.

+ Backer terá que recolher cervejas do mercado e vendas ficarão suspensas

Além disso, segundo o órgão, a Backer ficará com a comercialização de suas cervejas suspensa “até que seja descartada a possiblidade de contaminação de demais produtos”.

Procurada, a Backer não respondeu aos questionamentos sobre o processo de recall. Em nota (veja abaixo), a empresa afirmou que continua colaborando, sem restrições, com as investigações. “A empresa segue apurando internamente o que poderia ter ocorrido com os lotes de cerveja apontados pela Polícia”, disse.

Nota da Backer

“Nesse momento, a Backer mantém o foco nos pacientes e em seus familiares. A empresa prestará o suporte necessário, mesmo antes de qualquer conclusão sobre o episódio. Desde já se coloca à disposição para o que eles precisarem.

A cervejaria informa que continua colaborando, sem restrições, com as investigações. A empresa segue apurando internamente o que poderia ter ocorrido com os lotes de cerveja apontados pela Polícia.

A Backer adianta que, na semana passada, solicitou uma perícia independente e aguarda os resultados. Reitera que, em seu processo produtivo, utiliza, exclusivamente, o agente monoetilenoglicol”.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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