Árvore gigante esmaga carro na região da Pampulha: ‘Deus me livrou’

Arquivo Pessoal/Marília Moreira

A tempestade que atingiu BH na tarde desta terça-feira (14) provocou estragos e transtornos. Faltou energia elétrica, houve alagamentos, pessoas ilhadas, destruição e, principalmente, quedas de árvores.

Segundo o Corpo de Bombeiros, foram registrados mais de 40 chamados somente para quedas de árvores na capital. No entanto, algumas ocorrências podem ter mais de um chamado, já que outras pessoas podem ligar do mesmo local.

Na região da Pampulha, uma mulher de 60 anos teve o carro completamente destruído por uma árvore de grande porte durante o temporal que atingiu Belo Horizonte.

O caso ocorreu na Praça Manoel dos Réis Filho, no bairro Jaraguá, em frente a um clube, onde Marília Moreira, condutora do veículo Fox, estava. Ao BHAZ, ela contou que deixou o carro estacionado em frente ao espaço de lazer e foi aproveitar o sol da tarde.

“Estava muito calor e eu decidir ir ao clube. Deixei o carro lá na porta e fiquei umas duas horas lá dentro. De repente, o tempo começou a fechar e bater uma ventania e a chover forte. Eu fiquei abrigada em uma área fechada dentro do clube. Foi quando o porteiro chegou procurando pelo dono do carro dizendo que havia caído uma árvore”, conta.

Marília diz que não imaginava o estrago até se dar conta da situação. “O carro foi destruído, quando eu vi, quase tive um treco. Foi Deus que evitou que eu estivesse dentro do carro, seria fatal. Mas, ainda tenho muito para viver ainda. Bens materiais a gente corre atrás depois, o importante é a vida”, diz ela.

As imagens da destruição do carro impressionam. Pelas redes sociais, as fotos viralizaram com a informação de que havia uma pessoa dentro, por conta do farol acesso. Entretanto, nesta ocorrência não houve vítima. “As luzes devem ter acendido por conta da pancada”, afirma Marília. O carro tinha seguro, o que reduz o prejuízo da mulher.

Também no bairro Jaraguá, na mesma região, na avenida Izabel Bueno, uma árvore caiu em cima de uma loja, impedindo as pessoas que dentro do local de sair. Os bombeiros foram acionados para libertar as vítimas.

Prejuízo

O dono de uma papelaria na região da Pampulha, Robson Leite Medeiros, teve a loja tomada pela água, que acabou destruindo diversos produtos. “É um prejuízo incalculável. Saí de lá correndo e coloquei uma lona em cima de alguns produtos para tentar salvar. Ficamos com as pernas cortadas, pois é época de venda de material escolar e a loja estava cheia de produtos”, conta.

A papelaria de Robson fica na rua Amável Costa, em frente ao local onde a árvore caiu e destruiu o carro de Marília. Ele conta que nunca viu uma tempestade como a desta terça. “Nessa proporção, é a primeira vez”. Ele diz também que já havia alertado a outros comerciantes sobre as árvores da região. “Semana passada eu estava conversando com um amigo sobre esses eucaliptos. Falei com ele que tinha medo dessa árvore cair e acabou caindo”, ressalta.

Chuva e alerta geológico

Segundo a Defesa Civil de Belo Horizonte, em 14 dias, as regionais Centro-Sul e Oeste já recebeu a chuva que era esperada para todo o mês de janeiro. Segundo o órgão, a média de chuvas para este mês é de 329,1 milímetros. Confira o acumulado de chuvas em milímetros para todo o mês:

– Barreiro – 174,0 (53%)

– Centro Sul – 327,8 (100%)

– Leste – 303,4 (92%)

– Nordeste – 246,8 (75%)

– Noroeste – 321,2 (98%)

– Norte – 175,6 (53%)

– Oeste – 328,2 (100%)

– Pampulha – 311,6 (95%)

– Venda Nova – 298,4 (91%)

Diante da grande quantidade de chuvas, a Defesa Civil emitiu alerta de risco geológico, já que as tempestades aumentam o risco de quedas de muros, deslizamentos e desabamentos na capital. Confira as recomendações da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil:⠀

– Conserte vazamentos em reservatórios e caixas-d’água.

– Não jogue lixo ou entulho na encosta.

– Não despeje esgoto nos barrancos.

– Não faça queimadas.

Sinais de que deslizamentos podem acontecer:

– Trinca nas paredes.

– Água empoçando no quintal.

– Portas e janelas emperrando.

– Rachaduras no solo.

– Água minando da base do barranco.

– Inclinação de poste ou árvores.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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