Uma moradora de Pompéu, na região Central de Minas Gerais, morreu com sintomas da síndrome nefroneural no último dia 28 de dezembro. A vítima ingeriu a cerveja Belorizontina durante uma visita a Belo Horizonte, no bairro Buritis. Autoridades confirmaram a morte dela nesta semana.
Uma nota da Secretaria Municipal de Saúde de Pompéu confirmou o falecimento de Maria Augusta de Campos Cordeiro. No comunicado, publicado nesta terça-feira (14), o órgão informa que ela esteve a passeio na capital de 15 a 21 de dezembro. A mulher ficou na casa de parentes no bairro Buritis e fez uso da bebida.
Uma enteada de Maria Augusta registrou um boletim de ocorrência a respeito do caso. Segundo ela, as duas beberam, juntas, três garrafas da cerveja Belorizontina no dia 15 de dezembro. No dia seguinte, elas beberam a mesma quantidade e, no dia 20, a vítima tomou, sozinha, mais duas garrafas.
Ainda no dia 20, a idosa relatou mal estar abdominal e, no início da tarde seguinte, ao retornar a Pompéu, teve episódios de diarreia seguidos de vômito durante a noite. Os sintomas não melhoraram até o dia 26 de dezembro, quando ela foi internada no Pronto Atendimento da cidade com um quadro de insuficiência renal aguda e alterações neurológicas.
Ainda segundo o registro policial, o Pronto Atendimento procurou vagas em hospitais de outras cidades para que a mulher pudesse passar pelo procedimento de diálise, já que não conseguia mais urinar. Sem sucesso, a vítima não resistiu, teve uma piora e faleceu na madrugada do dia 28.
Até o momento, as autoridades contabilizam 17 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol, ligados ao consumo da cerveja Belorizontina. Entre os afetados estão 16 homens e uma mulher. Segundo a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde), quatro casos foram confirmados, um deles com a morte de um homem. Os outros 13 seguem em investigação.
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As informações obtidas pela Secretaria Municipal de Saúde foram passadas para o CIEVS Minas (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais). Agora, as autoridades investigam se a idosa morreu, de fato, por conta da síndrome nefroneural.
“No momento, toda a Secretaria Municipal de Saúde, Pronto Atendimento e familiares estão no aguardo de retorno do caso”, diz a nota assinada por Fernanda Guimarães Cordeiro, secretária municipal de Saúde de Pompéu.