Professora acha que marido morreu, contrata detetive e descobre traição

Investigador Marcondes/Divulgação

O marido de uma professora desapareceu e ela, preocupada, resolveu pedir ajuda para localizá-lo. A mulher de 35 anos divulgou muitas mensagens pelas redes sociais, desde o último dia 7 de janeiro. Sem sucesso, resolveu contratar um detetive particular e descobriu que o homem, de 46 anos, estava bem vivo, e pior: estava a traindo com outras mulheres em uma praia de São Vicente, no litoral de São Paulo. Ao BHAZ, a professora e o detetive explicaram como tudo ocorreu até o desdobramento do caso.

A mulher chegou a registrar um boletim de ocorrência diante do desaparecimento do marido. Além disso, a família ofereceu uma recompensa de R$ 2 mil para quem tivesse informações sobre o paradeiro do homem.

“A gente achou que tivesse acontecido o pior, a mãe dele desesperada, eu sem dormir há uma semana. Registramos o desaparecimento dia 9. Ele saiu com o meu carro, então pensamos logo que era um sequestro, porque ele não avisou nada. Fui a Santos procurá-lo, porque tivemos uma pista que meu carro havia passado por lá, mas não encontramos. Celular ele não atendia”, explica a professora ao BHAZ.

Detetive Marcondes/Reprodução

Moradores da Zona Leste de São Paulo, o casal estava junto há sete anos. Uma semana após o desaparecimento do marido, a professora decidiu contratar um detetive particular. Ela acreditava que ele poderia ter morrido, já que nunca havia sumido. A mulher, e os familiares do homem, divulgaram exaustivamente as fotos dele nas redes sociais, pedindo ajuda.

Na investigação, um radar ajudou na localização do homem. “O último radar que pegou ele foi no dia 7, na praia de São Vicente, aí fui até lá. Ele sempre ‘pagou’ de bom moço para todo mundo. Cheguei na praia e descobri a traição”, explica a mulher.

Fim do relacionamento

Agora, a professora não quer mais nada com o homem. “Quando eu entendi a situação, foi um misto de raiva e alívio. Acho que foi mais um livramento mesmo. Eu fiquei uma semana sem dormir, a mãe dele muito preocupada. No fim das contas, eu entreguei um filho para uma mãe, que não merecia passar por isso”, continua.

Segundo a professora, o carro será vendido. “Sei lá o que ele fez lá dentro [do carro], quero é me ver livre disso. Ele que fique junto com aquelas pu***. Queria se divertir? Agora pode se divertir bem longe de mim. A máscara dele caiu feio. Era só falar que não queria mais, não precisava desse desespero todo que nos causou. Como não somos casados, só coloquei ele para fora mesmo”, desabafa.

A mulher ainda conta que, pelas redes sociais, muitos homens fizeram piada com o caso. “Não sei do que estão achando graça, foi um momento desesperador para todos nós. Tem gente aplaudindo a atitude dele, falando que ele estava comigo porque me sustentava. Vamos lá, então, para os engraçadinhos: tenho minha casa própria, meu carro, não preciso de homem. Tudo o que ele tinha eu comprei. Quero ele longe, esse assunto morreu pra mim”, completa.

Investigação

O investigador Marcondes explica que foi contratado sete dias após o desaparecimento do homem, e que usou a ajuda de radares para chegar ao paradeiro dele. “Encontrei o veículo da minha cliente em São Vicente, trancado. Com a autorização dela, chamamos um chaveiro e abrimos o carro. Lá dentro estava fedendo muito, tinha muita sujeira, pensei até que teria um corpo”, relata o detetive.

O profissional conseguiu imagens de monitoramento de um prédio em frente ao local que o carro estava estacionado. Ele ainda identificou que uma mulher saía do veículo com ele e, pela porta de trás, um casal também deixava o carro. Desde o último dia 7, nenhuma das pessoas havia voltado ao carro.

Detetive Marcondes/Reprodução

“Quando o chaveiro foi acionado, encontramos várias mochilas e roupas femininas, além de documentos de outras mulheres. Nesse momento, ainda achamos que ele estava morto e colocamos cerca de 300 panfletos em quiosques e postes pelas ruas. Depois disso, a polícia avisou que passou pelo local e viu três mulheres e um homem, isolados na praia. Foi aí que o achei e concluímos o caso”, completa o investigador.

O desaparecimento do homem foi registrado no 62º Distrito Policial Ermelino Matarazzo, no último dia 9. O caso já estava sendo investigado pela Polícia Civil.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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