Secretário da Cultura é demitido após adaptar discurso de ministro nazista: ‘Perdão’

Secretaria Especial da Cultura/YouTube/Reprodução

O secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, foi demitido do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (17). A exoneração aconteceu após ele parafrasear o discurso do ministro da Propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels, em um vídeo.

No vídeo, Alvim fala sobre o lançamento do Prêmio Nacional das Artes, e sobre o que seria o ideal artístico para a pasta. Como música de fundo, o secretário escolheu uma ópera de Wagner, compositor preferido do líder nazista, Adolph Hitler.

“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada”, disse Alvim.

Em um pronunciamento, Goebbels havia dito que “a arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”.

O anúncio da demissão aconteceu pelas redes sociais de Jair Bolsonaro. O presidente classificou o discurso do agora ex-secretário como “infeliz, ainda que tenha se desculpado”. “Comunico o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência”, disse.

Na sequência da publicação o presidente repudiou as “ideologias totalitárias e genocidas, como o nazismo e o comunismo, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas”.

‘Perdão pelo meu erro’

Nas redes sociais Alvim afirmou que não sabia da origem da frase parafraseada e pediu “perdão” pelo erro. O então secretário disse ter “profundo repúdio a qualquer regime totalitário” e que repugna o nazismo.

“Não havia nenhuma menção ao nazismo na frase, e eu não sabia a origem dela… Se eu soubesse da origem da frase, jamais a teria dito… Tenho profundo repúdio a qualquer regime totalitário, e declaro minha absoluta repugnância ao regime nazista… Do fundo do meu coração: perdão pelo meu erro involuntário”, disse em alguns trechos.

Ao final do texto, Alvim colocou o cargo a disposição de Bolsonaro.

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