Belorizontina: Polícia pede exumação de idosa que morreu após ingerir cerveja

Divulgação/Cervejaria Backer + Reprodução/Facebook

A Polícia Civil de Minas Gerais encaminhou à Justiça, nesta segunda-feira (20), um pedido de exumação do corpo da mulher que teria sido a primeira vítima feminina a ser intoxicada por dietilenoglicol que tem preocupado autoridades de todo o Brasil. A vítima, uma idosa moradora de Pompéu, na região Central de Minas, morreu no dia 28 de dezembro, antes da detecção das substâncias dietilenoglicol e monoetilenoglicol nas cervejas da Backer.

Além da exumação do corpo, outras ações realizadas nesta segunda também devem contribuir para as investigações. Entre elas, quatro depoimentos prestados por familiares da vítima falecida e de outras hospitalizadas e o recolhimento de novas amostras de cerveja na fábrica da Backer.

As amostras recolhidas na última semana, tanto na cervejaria quanto na empresa química responsável pela venda do monoetilenoglicol, ainda estão sob análise e não há previsão para conclusão dos laudos.

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Maria Augusta de Campos Cordeiro, a vítima cujo corpo deve ser exumado, esteve a passeio em Belo Horizonte em dezembro. Ela ficou hospedada na casa de parentes no bairro Buritis, na região Oeste, onde bebeu a cerveja Belorizontina.

No mesmo dia, segundo relatou a enteada de Maria Augusta em um boletim de ocorrência registrado, a idosa relatou mal estar abdominal e, no início da tarde seguinte, ao retornar a Pompéu, teve episódios de diarreia seguidos de vômito durante a noite. Os sintomas evoluíram até a madrugada do dia 28, quando ela faleceu.

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Número de notificações aumenta

A morte de Maria Augusta é uma das quatro registradas até o momento, dentre as quais uma já teve a intoxicação por dietilenoglicol como causa confirmada. Incluindo esses, a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) já contabilizou 21 casos notificados até agora: 17 homens e duas mulheres.

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A recomendação vigente é que nenhuma cerveja produzida pela Cervejaria Backer, independente de marca e lote, seja consumida. Aqueles que tiveram algum sintoma gastrointestinal após consumir a bebida devem procurar uma unidade de saúde para tomar um antídoto. Já quem bebeu e não manifestou nenhum sintoma também pode procurar as unidades para realizar exames.

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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