A PBH (Prefeitura da Belo Horizonte) e o Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de BH) decidiram, em reunião na tarde desta segunda-feira (20), congelar o preço da tarifa de ônibus em R$ 4,50 pelos próximos 20 dias, enquanto serão realizadas reuniões para definir um valor final.
Segundo o prefeito Alexandre Kalil (PSD), a reunião foi boa, mas o político não revelou detalhes. “Garantimos o congelamento da tarifa e a qualidade do transporte da cidade de Belo Horizonte, enquanto debatemos as questões que têm que ser respeitadas pela PBH”, explicou.
“Claro que eles [Setra-BH] têm argumentos, a própria imposição do carro com ar condicionado foi unilateral, como a retirada dos cobradores foi unilateral. Temos que em definitivo acabar com esse impasse e acabamos do jeito que tinha que acabar, sem brigas, no diálogo, conversando, porque é o que interessa para a população de Belo Horizonte”, continua.
Kalil ainda lembrou que a novela da tarifa entre a PBH e Setra-BH é prejudicial para a população. “Nem o prefeito, nem o presidente do Setra, utilizam o transporte público. Essa briga prejudica realmente a quem precisa do transporte. É um assunto que está superado e será tratado tecnicamente. Vai ser feito um acordo na justiça, já está tudo praticamente engatado e resolvido”, completa.
Já o presidente do Setra-BH, Joel Jorge Paschoalin, disse que é preciso fazer uma análise da eficiência do transporte para estudar o valor da tarifa. “Houve uma solicitação da prefeitura de a gente não ter o aumento nesse momento em prol de uma série de eficiências do transporte que vão ser discutidas a partir de amanhã. O objetivo da prefeitura é que a gente não desligue os carros com ar. Ele não consta dos nossos contratos. Hoje a gente tem quase 1.200 veículos com ar condicionado”, explica.
O presidente do sindicato ainda afirma que um dos motivos para o reajuste é por conta do preço do diesel. “A gente trouxe para o prefeito que diesel para as empresas aumentou um pouco mais de 26% e isso tem pesado muito pra gente. Está difícil trabalhar porque o veículo com ar condicionado gera em torno de 38% a mais de consumo de diesel e, infelizmente, o diesel teve um preço desproporcional à inflação”, finaliza.