Regina Duarte terá que ‘se despedir da Globo’ se aceitar convite de Bolsonaro para Cultura

@reginaduarte/Instagram/Reprodução

A atriz Regina Duarte, que afirmou estar “noivando” com o governo federal após receber um convite do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir a Cultura, recebeu um aviso prévio, ao vivo, em pleno Jornal Nacional. Na edição dessa segunda-feira (20), o apresentador Willian Bonner afirmou que, caso a artista assuma a secretaria de Cultura, precisará deixar a Globo.

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“A Globo divulgou a seguinte nota sobre o assunto: ‘a atriz Regina Duarte tem contrato vigente com a Globo e sabe que, se optar por assumir cargo público, deve pedir a suspensão de seu vínculo com a empresa, como impõe a nossa política interna, de conhecimento de todos os nossos colaboradores'”, afirmou o jornalista.

O posicionamento da principal emissora do país ocorreu pouco após Bolsonaro publicar, pela conta oficial do Twitter, que se reuniu com Regina Duarte e os dois tiveram “uma excelente conversa sobre o futuro da cultura no Brasil”. “Iniciamos um ‘noivado’ que possivelmente trará frutos ao país”, afirmou.

Mãe de três filhos e avó de seis netos, Regina Duarte nasceu no dia 5 de fevereiro de 1947 e trabalha como atriz há 54 anos.

Repercussão

Logo após o posicionamento ser divulgado por Bonner, a internet entrou em polvorosa. “Agradeça! Pelo menos não foi você que levou uma advertência ao vivo no JN, lida pelo Bonner, que significa um aviso prévio de possível demissão por justa causa kkkkkk né Regina Duarte”, escreveu uma mulher.

“A GLOBO, através do ZÉ MANÉ do BONNER gastou mais de um minuto de notícias, para ameaçar a REGINA DUARTE. QUE BABAQUICE”, publicou outro.

Exoneração

O cargo de secretário especial da Cultura ficou vago após a exoneração de Roberto Alvim na última sexta-feira (17), depois da repercussão negativa de um vídeo sobre o lançamento do Prêmio Nacional das Artes. Divulgado pelo então secretário, em sua conta no Twitter, o vídeo contém trechos que remetem a um discurso do ministro da Propaganda nazista, Joseph Goebbels.

No vídeo, o secretário fala sobre o lançamento do Prêmio Nacional das Artes e sobre o que seria o ideal artístico para a pasta. Como música de fundo, o secretário escolheu uma ópera do compositor alemão Richard Wagner, o preferido do líder nazista Adolph Hitler.

Com Agência Brasil

Aline Diniz[email protected]

Editora do BHAZ desde janeiro de 2020. Jornalista diplomada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) há 10 anos e com experiência focada principalmente na editoria de Cidades, incluindo atuação nas coberturas das tragédias da Vale em Brumadinho e Mariana. Já teve passagens por assessorias de imprensa, rádio e portais.

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