A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informou na tarde desta quarta-feira (23) que investiga um caso de coronavírus em Belo Horizonte. Minutos depois, o Ministério da Saúde divulgou uma nota desmentindo a secretaria mineira. A Pasta explicou que não há relatos de transmissão ativa do microrganismo em Xangai, onde a paciente esteve.
“O caso noticiado pela SES/MG não se enquadra na definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo em vista que o paciente esteve em Xangai, onde não há, até o momento, transmissão ativa do vírus. De acordo com a definição atual da OMS, só há transmissão ativa do vírus na província de Whuan”, informou a pasta.
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Conforme a SES, a paciente de 35 anos esteve em Shangai, na China. Ela desembarcou na capital mineira no último sábado (18) e o caso foi notificado três dias depois, nessa terça-feira (21). A paciente tinha sintomas respiratórios, compatíveis com doença respiratória viral aguda.
A pasta informou ainda que tem realizado monitoramento diário da situação junto à OMS, que acompanha o assunto desde as primeiras notificações de casos, em 31 de dezembro de 2019.
O que diz Ministério da Saúde
O Governo Federal brasileiro adotou diversas ações para o monitoramento e o aprimoramento da capacidade de atuação do país diante do episódio ocorrido na China.
Entre essas ações, estão a adoção das medidas recomendadas pela OMS; a notificação da área de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); a notificação da área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e a notificação às Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios, demais Secretarias do Ministério da Saúde e demais órgãos federais com base em dados oficiais, evitando medidas restritivas e desproporcionais em relação aos riscos para a saúde e trânsito de pessoas, bens e mercadorias.
O que diz a SES?
“Por ter sido notificado como caso suspeito, a partir da notificação, a SES-MG iniciou investigação do caso como tal, uma vez que o sistema de notificações encontra-se sensível a sinais que possam indicar suspeita.”
Orientações
Embora a causa da doença e do mecanismo de transmissão sejam desconhecidos, no Brasil, o Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas.
Entre as orientações estão: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.