“Nunca foi por causa de pensão alimentícia”. A afirmação foi feita pelo ex-goleiro Bruno a respeito do assassinato e ocultação do corpo da modelo Eliza Samúdio, em 2010. Bruno falou sobre o crime em entrevista exibida no Domingo Espetacular, jornalístico da Record TV, na noite desse domingo (26).
Na matéria, Bruno revelou ao repórter que “a situação vai muito mais além do que você possa imaginar. Se me perguntar o que é, eu não vou te responder.” “Um dia vou revelar tudo para o meu filho”, se referindo ao Bruninho, o filho do ex-goleiro com Eliza.
Também na reportagem, Sônia Moura, a mãe da modelo, afirmou não acreditar que a filha dela morreu por causa somente de uma pensão, “Tenho certeza que não foi somente pela pensão. A Eliza sabia de coisas do Bruno, e eu sei que tem gente que sabe, como amiga dela, mas que tem medo de abrir a boca e morrer, assim como Eliza morreu”, disse.
Se fosse hoje
Questionado se conduziria as coisas diferentes caso a gravidez da Eliza fosse atualmente, Bruno disse que sim e afirmou que “ele mesmo iria resolver, não deixando o caso na mão de terceiros”. “Eu mesmo ia resolver, sabe?! Eu mesmo ia conversar. Ia pegar o tal do diálogo como entendimento”.
Questionado o porquê de não ter feito isso à época, Bruno disse que era muito novo. “Eu deixei na mão de pessoas que não estavam nem preparadas pra vida! As outras pessoas eram que praticamente tomavam conta da minha vida. Única coisa que eu queria era jogar futebol”.
Retorno aos gramados
Em um trecho da entrevista (veja a reportagem completa aqui), o ex-goleiro questionou as pessoas que criticam sempre que ele é anunciado por algum clube. “Eles vão colocar o pão na minha mesa?”, indagou. Bruno também comentou que é direito de todos os condenados se ressocializarem à sociedade, e que é isso que ele vem tentando.
Em outubro do ano passado, às vésperas de Bruno estrear no time de futebol mineiro Poços de Caldas, o BHAZ publicou entrevista exclusiva com a mãe de Eliza Samúdio. Sônia afirmou não ser contra a ressocialização, mas sim o fato do goleiro ser ídolo de crianças.
“Eu sou a favor do condenado trabalhar, não sou contra a ressocialização, mas ele matou uma pessoa brutalmente, e me assusta pensar que ele pode ser ídolo de uma criança”, afirmou (veja a entrevista completa aqui).
Bruno cumpre pena em regime semiaberto pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza e pelo sequestro e cárcere privado do filho, Bruninho. Ele foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão, progrediu para o regime semiaberto em julho e, com autorização da Justiça, pode trabalhar durante o dia.
Após Bruno rescindir contrato com o Poços de Caldas em outubro do ano passado, esteve próximo de jogar pelo Operário, clube de futebol do Mato Grosso, neste ano. No entanto, após repercussão negativa que gerou protestos e saída de patrocinadores, a agremiação mato-grossense desistiu da contratação.
