O prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse que enfrenta o “momento mais difícil da vida” após a forte chuva que devastou Belo Horizonte na última terça-feira (28). O chefe do Executivo municipal conversou com o BHAZ nesta sexta (31) e anunciou que, na próxima semana, um balanço será apresentado à população.
“Já passei por muita coisa difícil na vida, inclusive com o Atlético. Segunda-feira vamos fazer esclarecimentos detalhados para a população e vamos colocá-la a par do tempo necessário para BH ser reconstruída”, disse o prefeito.
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Kalil destacou ainda que quando concedeu a entrevista coletiva, após o temporal, estava sem “a menor condição emocional”, mas que era preciso dirigir a palavra aos belo-horizontinos. “A população não tem noção do que aconteceu, aliás ninguém tinha noção”, acrescentou.
O estrago causado pela força das águas e as 13 mortes registradas na capital fez Kalil recorrer ao pai Elias Kalil, que se estivesse vivo faria aniversário nesta sexta-feira. “Hoje é dia de aniversário do meu pai e, num momento tão difícil, de tanto sofrimento, eu sei que ele está me carregando no colo”, postou no Twitter.
Hoje é dia de aniversário do meu pai e, num momento tão difícil, de tanto sofrimento, eu sei que ele está me carregando no colo. Aos atleticanos mais novos: vale a pena ouvir o comentário do saudoso Osvaldo Faria até o final.
— Alexandre Kalil (@alexandrekalil) January 31, 2020
Este foi Elias Kalil.https://t.co/myoqirPnOQ
O ex-presidente do Atlético ainda, em entrevista exclusiva ao BHAZ, disse que tirando a morte dos pais, o atual momento é o mais difícil. “É sim o momento mais difícil da minha vida. Claro que após a morte do meu pai e da minha mãe, mas ambos eu perdi na linha natural da vida”, afirmou emocionado.
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Chuva histórica
Belo Horizonte já registrou o mês mais chuvoso da história – antes mesmo da conclusão dos 31 dias – na manhã dessa quarta-feira (29), com um acumulado de 932,3 mm (milímetros).
Os dados são do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) e a quantidade de água neste janeiro pode aumentar ainda mais.
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Anteriormente, o mês mais chuvoso da história foi janeiro de 1985, quando choveram 850 milímetros. Somente nas últimas 24 horas, choveram 117,4 milímetros.
As regiões que mais choveram neste mês, até esta quarta, foram a Centro-Sul (956,8 mm) e Oeste (959 mm). A média esperada para todo o mês de janeiro era de 329,1 milímetros. Ou seja, já choveu nessas áreas quase o triplo do esperado para os 31 dias.