‘Milagre’: Jovem ‘ressuscita’ após levar tiros do ex e ter morte cerebral constatada por três médicos

Jovem de 29 anos sobreviveu a três tiros(@karina.nx/Facebook/Reprodução)

Um caso que nem mesmo a medicina local consegue explicar tem surpreendido os moradores de Nova Xavantina, cidade do interior de Mato Grosso a 645 km de Cuiabá. Uma mulher de 29 anos com a morte cerebral constatada por três médicos diferentes após ser baleada pelo ex “voltou” à vida justamente quando os aparelhos seriam desligados.

O “milagre”, como o pai da mulher classifica o ocorrido, ocorreu na última segunda-feira (3). No momento em que uma enfermeira desligaria os aparelhos que, teoricamente, mantinham Karina Souto viva, o choque: ela mexeu a mão.

“A enfermeira, então, chamou pela minha filha e Karina mexeu a cabeça. Ela saiu gritando, chamando pelo médico. O doutor falou que a enfermeira estava fora de si”, conta ao BHAZ o pai da jovem, o pedreiro José Rocha Cardoso, de 56 anos.

A relação entre vítima e assassino era conturbada (@karina.nx/Facebook/Reprodução)

Karina foi atingida, no último sábado, por três disparos efetuados pelo ex, Baltazar Augusto de Menezes, de 58 anos. Um dos tiros pegou no rosto da mulher – os outros atingiram tórax e abdômen. Em seguida, o homem se matou.

O crime ocorreu na casa de uma amiga de Karina, onde ela estava com outros conhecidos e foi surpreendida pelo ex, que queria reatar o relacionamento.

‘Milagre’

O pedreiro tem a certeza de que a filha foi salva por um milagre. “Deus que está no comando desde o dia que ela foi atingida com os três tiros. Ele sabe o dia certo em que ela vai se recuperar”, afirma.

A equipe médica, conta o pai de Karina, ficou espantada com a situação e fez uma série de exames. No entanto, nem mesmo os médicos souberam explicar a situação. “Ela [Karina] voltou e todo mundo se alegrou. Um dos médicos chorou e disse que só podia ser Deus”, acrescenta.

O estado de saúde da moça ainda é grave, mas ela responde a estímulos e conta com o suporte – e a fé – do pai, que a acompanha no hospital diariamente. “Ela se debate muito, por isso está sedada”, relata o pedreiro, que já sabe como acalmar a filha quando ela fica muito agitada. “Eu falo com ela que Jesus a ama, e ela sorri”, disse emocionado.

Mesmo com a situação ainda grave, José Cardoso tem a certeza de que a filha se recuperá – crença, aliás, que mantém desde o momento em que Karina foi socorrida. “Se ela não morreu na hora, era porque não morreria mais”, finalizou.

Aline Diniz[email protected]

Editora do BHAZ desde janeiro de 2020. Jornalista diplomada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) há 10 anos e com experiência focada principalmente na editoria de Cidades, incluindo atuação nas coberturas das tragédias da Vale em Brumadinho e Mariana. Já teve passagens por assessorias de imprensa, rádio e portais.

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