Zema prioriza segurança e não atende professores em greve: ‘Conto com o sacrifício’

Zema prioriza segurança e esquece professores
Professores não devem receber aumento (Henrique Coelho/ BHAZ + Amanda Dias/ BHAZ +Ísis Medeiros/Sind-UTE /BHAZ)

O governador Romeu Zema (Novo) sinalizou nessa quarta-feira (12), em uma publicação no Twitter, que a greve dos professores estaduais não vai resultar em aumento de salário. No entanto, o mandatário garantiu reajuste para os profissionais da segurança.

Os educadores vão se reunir nesta sexta-feira (14) para decidir os rumos do movimento. “Lamento pela greve e conto com o sacrifício dos profissionais da área”, escreveu o chefe do Executivo mineiro.

Conforme o Sind-UTE/MG Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais) , a categoria reivindica o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional, a defesa do emprego e “do direito a uma educação pública de qualidade social”. A coordenadora-geral do sindicato, Denise Romano, disse ao BHAZ que a categoria já se sacrificou demais.

“Nós já estamos sacrificados há muito tempo. Estamos sacrificados por que temos uma lei estadual de 2015 que está sendo descumprida, por que a Constituição do Estado não está sendo cumprida em relação ao piso salarial profissional nacional , estamos sacrificados pelo parcelamento de salários, pela ausência de pagamentos de 13º para 25% da nossa categoria, pelo desemprego estrutural que a política educacional do governo Zema tem colocado, tem nos imposto desde o ano de 2019”, explicou ao BHAZ.

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Explicação

Zema justificou que os servidores da segurança estão há seis anos sem reposição salarial. Além disso, ele ressaltou que a queda na criminalidade tem aumentado a “segurança das famílias”.

Ainda na rede social, o governador acrescentou que a PM tem poucos homens (cinco mil a menos que há 11 anos). “Deixo claro que não somente a segurança é fundamental para o desenvolvimento do Estado. Gostaria de fazer o mesmo para todas as categorias, mas a situação financeira é alarmante. Acredito que com as reformas vamos avançar”, complementou Zema.

Professores disseram sim para a paralisação (Ísis Medeiros/Sind-UTE)

Repercussão

Internautas criticaram a publicação do governador. “Mas, senhor Romeu Zema, o piso salarial é lei. Está escolhendo não cumpri-la?”, escreveu uma usuária da rede social.

“Desculpa Governador, mas penso que, ou faz para todos, ou não faça pra ninguém… isso é ser justo”, postou outro.

Alguns usuários do Twitter defenderam a postura do governo de Minas. “Segurança tem que ser prioridade”, postou uma usuária.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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